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sexta-feira, 4 de junho de 2021

Auguste Dupin: o primeiro detetive - Edgar Allan Poe



Auguste Dupin: o primeiro detetive - Edgar Allan Poe (Livro 14 [jan- fev/2021] 256p.)
Editora: Novo século
Ano:  2020
Nota: 3,5/5
Gênero: Contos (suspense, policial)

Tinha mta curiosidade sobre o Poe, conhecia "o corvo" e, lendo "o escaravelho de ouro", percebi q já havia lido, mas n lembro de qnd nem onde. Há um tempo ouço dizer q ele um clássico da literatura policial, do terror, do suspense e q ele foi influência pra vários autores renomados do gênero, por isso, smp quis conhecê-lo mais, até porque amo os clássicos, msm q eles sejam complexos e uma incógnita de vez em qnd.
Esse livro é sobre 3 contos do Edgar, cujo protagonista é Auguste Dupin, o primeiro detetive na literatura; e mais 2 contos extras. Os contos me soaram como episódios de uma série, em 3 capítulos, nesse caso. O detetive era chamado, contratado pela polícia de Paris pra desvendar os mistérios de crimes, qnd ela não dava conta de o fazer. 
Não li mt desse gênero (policial), mas me encantei com a maneira com q ele constrói o enredo, as afirmações q ele faz sobre especulações comprovadas pela física, pela biologia, química, isso foi incrível!! Msm q algumas coisas tenham me soado sem coesão e outras sem sentido, prefiro me ater às coisas boas e diferenciais.
A narração é comum entre os clássicos q já li, especialmente do séc. XIX: uma pessoa narra a história sobre alguém (neste caso, o amigo de Dupin narra as histórias deste); no fim das contas, vc esquece q o narrador é quem conta, e n quem tá sendo narrado, mas em alguns momentos isso é lembrado. Em todos os contos é enfatizada a importância de uma busca atenta, paciente e cuidadosa; e há tb a citação, o uso, por exemplo, de outros crimes pra ajudar nas descobertas. Abaixo seguem os resumos sobre cada conto.

Os assassinatos da Rua Morgue (1841)
A história começa com a contextualização da existência do amigo de Dupin e como se conheceram. Em seguida, o crime aparece e o desenrolar da história é sobre a descoberta do assassinato da mãe e filha, mortas de uma forma brutal e inusitada. As pistas eram das mais esquisitas e o assassino ainda mais. Só queria saber q espécie de assassino era aquele. O q tornou o conto com cunho de fantasia. 

O mistério de Marie Rogêt (1842)
Uma menina, aparentemente pacata, tranquila e na sua, estava sumida havia 3 dias e as pessoas com quem trabalhava e sua tia, demonstraram preocupação com isso. Mas o msm havia acontecido outra vez e ela voltou. Tinha uma namorado meio misterioso e, aparentemente agressivo, se não me engano. Então, o corpo de uma moça foi encontrado num lago, ela usava roupas de Marie, mas por diversos motivos achavam q poderia n ser ela. Os elementos físicos, biológicos e químicos sobre a especulação desse crime foi mt legal!! A explicação sobre afogamento e o boiar do corpo, o tempo q leva uma roupa a ficar mofada numa floresta, as marcas de agressão no corpo da moça.. E o final foi uma grd confusão! Mts incógnitas ainda ficaram na minha cabeça, Vanessa me ajudou mt (como smp, rs).

A carta furtada (1844)
Esse conto foi mt instigante. Uma carta com uma espécie de poder q mudaria a vida d qm a obtivesse. A polícia sabia quem era o criminoso, era tb conhecido pela dona da carta, mas td indicava q ele não havia feito nada após o furto, pq sua vida continuava a msm. Então, a missão era achar essa carta e devolvê-la à dona. O ponto-chave é a especulação sobre onde a carta estaria, o q foi mt interessante. Mas até hj ngm sabe o q de fato estava escrito lá (rs.. ódio!).

O corvo (1845)
Esse é um conto em forma de poesia, o q me atraiu na primeira vez q li. Tem versos, rimas, estribilho (a grosso modo, aquele verso q smp se repete, geralmente no fim da estrofe), mas é a narração de uma cena. Sobre um homem q sofria à janela pela sua amada e o corvo, macabro e esquisito, aparece a ele, diz q se chama "nunca mais" e só sabe dizer essa frase, ela é a resposta pra todas as perguntas q o homem faz a ele. Já tive uma aula sobre ele, mas n lembrei de mta coisa. Me parece q o homem q sofre de sdds, morre, como se o corvo fosse um mau presságio.

O escaravelho de ouro (1843)
Esse conto foi o meu preferido. Fiquei chocada com a criatividade desse homem e com os conhecimentos q ele tem, pq as suspeitas, as especulações são reais, msm q a narração seja uma ficção. Me prendeu mt! Escaravelho era uma espécie de besouro de ouro, pivô de um poder q tornaria quem fosse picado por ele em um milionário, neste caso, o sr. Legrand. Além disso, recebeu um pergaminho com uma msg enigmática e metade do conto é descrição de como a decifrou, foi perfeito!! Aqui, a história começa pelo "fim", ele acha o tesouro antes de descrever o caminho q fez pra alcançá-lo. Achei essa lógica mt interessante. E foi o conto mais claro, acessível e instigante.




quinta-feira, 1 de abril de 2021

O espírito da intimidade: ensinamentos ancestrais africanos de se relacionar - Sobonfu Somé




O espírito da intimidade: ensinamentos ancestrais africanos de se relacionar - Sobonfu Somé (Livro 13. fev-mar/2021. 143p.)
Editora: Odysseus
Ano:  2009
Nota: 5/5
Gênero: Romance (não ficção/cultura e religião)

O livro é uma experiência da tradição oral de Sobonfu Somé, q visa falar sobre relacionamentos, principalmente o casamento, segundo as reflexões da sabedoria do povo Dagara, na  África ocidental. 
O prefácio já mostra q o q se verá, ao longo do livro, é algo bem diferente do q nossos "olhos ocidentais" estão habituados a ver, n só no q diz respeito aos costumes, mas tb no quesito de ter e buscar respostas pra td.
Água, terra, mineral, fogo e natureza são elementos que regem suas vidas na aldeia. O comando dela funciona por um conselho, composto por 5 homens e 5 mulheres, um homem e uma mulher representando cada elemento acima. 
O espírito é o ponto-chave dessa cultura, é ele q une os relacionamentos, independentemente das origens das pessoas. Pra eles, é força vital q há em tudo. Ele existe pra manter o propósito da nossa vida e pra nossa sanidade mental.
Segundo Sobonfu, nossos relacionamentos (ocidentais) giram em torno de ego e controle, afirma q começamos pelo auge, logo, a queda será (e é) um fato. Nos enganamos achando q racionalizar relacionamentos é a chave pra q deem certo, mas não, e sim, a espiritualidade. O espírito da intimidade ou de relacionamento é o resultado da união de dois espíritos.
Impressionante a noção deles de comunidade, de coletividade, se esse livro não fosse a experiência de uma pessoa e eu não tivesse provas de q a educação forma pessoas de diferentes maneiras, eu jamais acreditaria na existência dessa cultura. Egoísmo e corporativismo n existem nessa comunidade. Todo mundo cuida de todo mundo, sem privilégios, sem defender os seus, a sua família, os da sua casa, até pq, n existe essa noção "minha família", "meu filho", "minha mãe", todos são de todos. Isso deixa as coisas tão mais leves e mais responsáveis.
Os rituais existem pro povo entender td e qlqr coisa e fazer as melhores escolhas. Estar decidido e aberto a ouvir é imprescindível. Eles têm o hábito de ouvir, de ouvir seus ancestrais, q reconhecem saber da vida, do tempo, do passado e do futuro mais do q eles.
A parte do casamento já achei meio tensa, tirando o momento q as pessoas são escolhidas de acordo com seus propósitos e seus jeitos, ou seja, dificilmente vão se separar por atritos ou por divergências gritantes. Além disso, o casamento tem um objetivo maior q o amor e interesses próprios, particulares. Ele existe pra contribuir q os dois alcancem seus propósitos de vida, para os quais foram destinados, dsd o nascimento. E o ponto negativo disso é q as pessoas não precisariam se conhecer ou nem estar presentes no ritual de casamento. 
Entre os dagara, a poligamia é admitida, mas com o consentimento da mulher. Pelo q entendi, só os homens podiam ter várias mulheres. Porém, msm se a esposa quisesse, ele poderia n querer.
Os rituais de nascimento e iniciação são bem curiosos, e sou suspeita de falar sobre rituais, acho mt mágico e mt interessante. A valorização do ciclo menstrual me soou empoderador, coisa q eu preciso trabalhar em mim (rs). A tribo não trata isso como essencial à maternidade, romantizando essa questão, pelo contrário, ter filhos n é uma prioridade da comunidade e do casamento, mas sim, os propósitos de vida de cada um.
A segunda parte é meio repetitiva, mas dá detalhes sobre o casamento, os relacionamentos, rituais de reconciliação e manutenção das boas relações. Além disso, teve a questão do divórcio, q polemizou a reunião de leitura coletiva!! Foi mt bom!! E eu não vou dar spoiller.
E, pra fechar, teve a questão da homossexualidade. Entre os dagara, eles tinham a função de guardiães do portal, da passagem ou "porta" entre um mundo e outro. Não casavam e não viviam os rituais nem participavam deles como todos da aldeia. Pra a autora, eles eram vistos e considerados privilegiados, eram tratados como normais, não é como aqui (no ocidente). Mas eu discordo dela, pq eles não são tão iguais.
Essa questão de ser guardião entre um mundo e outro me lembrou de o arco-íris ser símbolo da causa LGBTQIA+, me levou a refletir, e tem mt a ver com o que eles eram na tribo dagara. 
Segundo a bíblia, o arco-íris é um símbolo da aliança q Deus fez com Moisés de nunca mais destruir a terra por meio da água, como fez no Dilúvio, foi o marco de fim de uma era e início de outra, como na foto abaixo. 


Na mitologia grega, a deusa Íris (foto abaixo), irmã de Hermes e q tinha a msm função q ele, era responsável por transmitir recados dos deuses para os homens e vice-versa, ou seja, estava entre um mundo e outro. 


Na mitologia nórdica, Bifrost é a ponte que liga Asgard (mundo dos deuses) a Midgard (mundo dos humanos), ela é conhecida como "ponte do arco-íris", só os deuses passavam por ela, trolls e gigantes queimavam seus pés qnd passavam por ela. 


Por coincidência, vi uma referência ao arco-íris no livro "meio sol amarelo", da Chimamanda, em q um dos protagonistas (Egwu), em meio a guerra, diz que, para os japoneses, ele era um mau presságio. E eu fecho aqui. rs..
Leiam esse livro, mt rico a respeito do relacionar-se com pessoas. Eu aprendi demais!

quarta-feira, 31 de março de 2021

Desafio leia mulheres (fevereiro) - Ay kaky ritama: eu moro na cidade - Márcia Wayna Kabeba

 


Desafio leia mulheres mês de fevereiro - Autora do norte do Brasil 
Ay kaky ritama: eu moro na cidade - Márcia Wayna Kabeba (Livro 11 fev. 2021. 286p.)
Editora: Pólen
Ano: 2018
Nota: 5/5
Gênero: Poesia (indígena)

Gentee, esse livro foi um dos mais emocionantes que li neste ano. A cada leitura q faço de autores integrantes de parcelas excluídas socialmente e que mais sofre preconceitos, vejo q não existe narrativa melhor a ser lida!! É mt emoção, e não sei se é apenas afinidade e reconhecimento nesses autores e suas histórias, me parece q a "escrevivência", termo cunhado por Conceição Evaristo, é realmente tocante, diferenciada, envolvente e q mexe com as nossas estruturas internas, aquele famoso "tapa na cara", leva à reflexão, msm q a intenção dos autores não seja essa essencialmente. E foi o q senti com Márcia Kabeba, mulher indígena do Amazonas, norte do Brasil, da tribo Omágua-Kambeba.
Márcia, ingressou à Universidade para mostrar a história de seu povo, sua cultura para os leitores em forma de poesia e para se "armar" com a palavra pra proteger seu povo e lutar por ele.. E q coisa mais linda!! Esse livro foi resultado do seu mestrado em geografia. O prefácio é apresentado por um professor e pesquisador da Universidade Federal do Pernambuco, q fazia sua dissertação de mestrado se utilizando das poesias da Márcia em sala de aula a fim de trabalhar questões de respeito, diversidade, tolerância, e incentivo ao conhecimento do outro por meio da cultura indígena da tribo de Márcia. As atividades tinham como título "um encontro com a poesia indígena na sala de aula". 
A autora aborda os costumes ritualísticos, as crenças de seu povo; as histórias dos ancestrais e o respeito e devoção a eles; as violências e violações q sofreram e ainda sofrem com a colonização e o colonialismo, a imposição de culturas, costumes e línguas q não as suas; a valorização da natureza de uma maneira mt particular e cheia de sentimento. E enfatiza a importância e a continuação da oralidade como o meio de comunicação e perpetuação da cultura como o mecanismo mais importante para isso. O livro contém fotos e desenhos da cultura, da natureza, das pinturas, o q deixa a leitura mais imersiva e envolvida.
Eu chorei em vários momentos, me arrepiei e senti meu olho brilhar em toda leitura. É mt importante saber, ouvir/ler como o outro se sente violado e atingido com certas ações, como é importante respeitar e apoiar o diferente. Pensamos em coletividade, mas em uma q respeite as diferenças, seres humanos não são iguais, não existe lógica em uniformizar nada para nós.
O desafio leia mulheres smp me proporciona conhecer histórias e autoras incríveis! Smp me surpreendendo com as indicações e me emocionando com essas mulheres perfeitas!! Recomento demais a leitura! 

Percy Jackson e os olimpianos: o mar de monstros




Percy Jackson e os olimpianos: o mar de monstros - Rick Riordan (Livro 11. fev/2021. 304p.)
Editora: Intrínseca
Ano: 2006
Nota: 3/5
Gênero:  Romance (infanto-juvenil)

Esse é o 2º livro da saga, de 5 (tem resenha do primeiro aqui no perfil, li ano passado, confere na guia "livros de 2020"). Não me impactou tanto, embora eu tenha achado melhor do q o primeiro. É q eu tinha acabado de ler Harry Potter, deu uma ressacazinha literária.. Nada era tão bom qnt HP.. Isso contribuiu pra uma nota mais baixa. Mas a mitologia grega apareceu beeem mais forte neste livro e com mta referência à história de Odisseu e de Medeia (e Jasão), q eu aaamoo!! Essas são mitologias gregas originais. 
Dessa vez, a missão de Percy não começou com profecia, como no livro anterior, mas tinha a ver com a profecia de outra heroína. Ele foi mandado ao acampamento meio-sangue, antes do previsto pq o local e, consequente seus habitantes, corriam perigo. A árvore de Thalita, filha de Zeus, q dava vida ao acampamento, à fauna e flora do local, foi envenenada. Então, a missão de todos era descobrir quem havia feito isso e descobrir um antídoto pra tal tragédia. E descobriram: o velocino de ouro, o q já era previsto, pra mim. Então, a missão era buscá-lo, na Ilha de Polifemo, o ciclope, localizada em uma espécie de outra dimensão. 
Novas aventuras acontecem, novos personagens aparecem, os vilões estão em maior número e Cronos, mais vez, tem sua influência nas desgraças ocorridas na narrativa e não desiste de sua vingança com Zeus, principalmente, seu filho, q o destronou. Cronos consegue aliados, até então, despercebidos aos acompanhantes da saga.
Chamo a atenção para a importância de conhecer essas mitologias originais, durante a leitura, pq clarifica mta coisa. As principais referências à mitologia grega são sobre a história de Hércules e seus 12 trabalhos, Jasão e os argonautas, Medeia, Andrômeda, a Odisseu (graças ao apoio de Hermes e Atena, e a interferência de Poseidon na missão e em boa parte do contexto), Deméter, hidra, entre outros q aparecem dsd o outro livro. 
E vamos para o próximo!!

terça-feira, 23 de março de 2021

Harry Potter e a pedra filosofal - J. K. Rowling



Harry Potter e a pedra filosofal -  J. K. Rowling (Liro 10. fev/2021. 256p.)
Editora: Rocco
Ano: 2019 (ano dessa edição); 1997 (da primeira) 
Nota: 5/5
Gênero: Romance (infanto-juvenil)

Antes de mais nd, só tenho a dizer q me tornei fã dessa saga e sou completamente apaixonada, dsd então. Eu tinha visto o filme há quase 20 anos atrás (rs) e não lembrava de nada! Apenas q curti, na época, mas nd q me deixasse venerada como estou hj.
Não tem pq me aprofundar na resenha sobre a história, já q concluo q a maioria dos seres humanos (senão todos da minha faixa etária pra baixo) conheçam. Mas a narrativa é sobre um menino-bruxo (Harry Potter, vulgo HP), órfão, criado pelos tios e mais a companhia de seu primo (todos insuportáveis e injustos com o menino). Tinha uma cicatriz na testa q dizia mt sobre sua vida, q ele não conhecia, e a de seus pais. Ele não sabia q era bruxo até seu aniversário de 11 anos se aproximar e ele ter q ir para Hogwarts, a escola de bruxos, localizada em outra dimensão da terra. E, então, começa a melhor história q vcs poderiam conhecer, cheia de mistérios, aventuras, humor, lições de vida, q te prende e dá ressaca literária depois (rs).
Diante disso, destaco as partes q mais me chamaram a atenção, sem dar spoillers, obviamente. Primeira, a profecia de q Harry seria um menino conhecido por todos no mundo, o q não ficou apenas na ficção e me assustou, confesso (rs). Depois, a maneira como ele ia descobrindo sobre sua vida, seus poderes, sua fama e de seus pais; a construção dos personagens, os mistérios q os envolviam; os vilões e mocinhos dessa trama. O quadribol é um esporte bem peculiar e interessante, assim como os materiais e objetos mágicos, aquilo q seriam, pra nós, o material escolar. Enfim.. Só de escrever sobre me animo de novo!!
Harry Potter é bem ousado, burrinho algumas vezes; Hermione, sua amiga, me parece a queridinha principalmente das leitoras; e os outros personagens (mil) q são mt peculiares e especiais,  não odiei nenhum!!
Foi mt bom e tô louca pra continuar a saga!!

A casa das belas adormecidas - Yasunari Kawabata



A casa das belas adormecidas - Yasunari Kawabata (Livro 9. jan/2021. 128p.)

Editora: Estação liberdade
Ano: 2004
Nota: 3,5/5
Gênero: Romance psicológico (ficção) 

Este livro, assim como "Por favor, cuide de mamãe" e "O mar de sargaços" (ambos resenhados este ano aqui no perfil), me marcou e impactou demais. Foi intenso, denso, confuso, cheios de reflexões.. Parecia q minha cabeça pesava uma tonelada, ainda mais q fiz a besteira de ler num desafio literário, tive q ler em um dia. Já admito q precisarei de releitura dele. Foi uma indicação, dsd o ano passado da Vanessa, q smp me indica livros incríveis! Ela estuda sobre esse livro, já fez mestrado e escreveu artigo sobre ele, arrasa toda!!
A história é sobre um idoso (Eguchi) que frequenta, no início com alguma hesitação, a uma espécie de prostíbulo, a "casa das belas adormecidas", por indicação de um amigo tb idoso. As mulheres e jovens prostituídas nessa casa eram diferentes, assim como td lá. Elas eram dopadas, a ponto de durante toda a noite, por exemplo, ficarem apagadas na cama de um quarto; ficavam nuas, prontas a serem apreciadas pelos homens que pagavam por elas. Eles não poderiam ter relações, pelo menos foi o que eu entendi, os velhos podiam dormir com elas, tocá-las (mas nd q pudesse configurar em ato sexual) e observá-las, caso contrário, haveria uma punição q nunca foi dita, mas o acordo era respeitado. Não vi sentido nessa loucura, mas os idosos q iam até lá, se deparavam com a decrepitude de sua virilidade; assim, estar com elas, nessas condições, de alguma maneira, alimentava o q havia se perdido neles. Eguchi não aceitava a velhice.
Ele era um cliente diferente, parecia ter medo de tocar nelas, mas, ao longo da história, pensava em fazer coisas q as machucassem ou as levassem à morte (isso foi mt doentio e indigesto de ler). Além disso, pensava em sua própria morte: em suicídio. As mulheres com as quais ele dormia as faziam lembrar de outras mulheres de sua vida, como esposa, amante, filha e mãe. O q deixou td mais doentio ainda.
Ao conversar com Vanessa, confirmei algumas impressões q tive ao ler, como: o fato de ele falar de coisas terríveis, mas não trazer isso efetivamente para as páginas, só nos fazer imaginar; de sua escrita "ser cheia de delicadeza, sedução e muito, muito imagética". Senti td isso, mas senti nojo tb e foi bem difícil insistir na leitura. Pq ele me fez imaginar várias coisas.. no q as mulheres podiam estar levando pro subconsciente, durante seus sonos pesados, as "psicopatias" dele, elas tavam sendo violadas.. Achei machista em vários momentos e racista tb. A narrativa é mt psicológica, de fato, e isso foi mt incrível!
O q curti foi a questão da memória, da digressão, dele n dizer as coisas claramente, de o presente smp remetê-lo ao passado. O fato de ele deixar várias questões em aberto no final.. Isso me atrai. Por ex., temos q ficar bem atentos ao q realmente se deu com a mulher morta, pq ela morreu, se aquela casa teria um fim ou não, se ele ia se matar msm ou se matou. Enfim..
A primeira impressão q tive era a de q ele era um pedófilo nojento! Depois, q prazer esquisito era aquele daqueles velhos??? Ele mexia na boca delas, tocava nelas naquele estado (dopadas).. As mulheres não tinham nomes, eram objetos, em aguns momentos deu a entender q mulher é o bode expiatório (sacrificada para a remissão de outros) pq poderiam ser a reencarnação de Buda. Isso foi mt abusivo pra mim.. Acho q foi pior do q seria uma história sobre prostituição, como conhecemos, n sei..
A vanessa tem um artigo sobre este livro.. PERFEITO!!! Amei a abordagem que ela deu ao prazer dos homens no silêncio da mulher; do inverno (estação em q se passou boa parte da história) ter a ver com a morte; sobre os temas "amor" e "morte", "mulher" e "morte"; e sobre a questão da memória. Indico mt a leitura!



Me ficou uma questão: de que forma o nome da casa (título do livro) tem a ver com a bela adormecida da Disney? Porque elas n eram acordadas com um beijo, p.ex., ou de forma nenhuma. Ou só tinha a ver com o fato de dormirem e ficarem em silêncio e sendo observadas?
Leiam esse livro e comentem cmg!!! 

domingo, 14 de março de 2021

A voz da sereia volta neste livro - Amanda Lovelace

 


A voz da sereia volta neste livro - Amanda Lovelace (Livro 8. jan/2021. 208p.)

Editora: Planeta
Nota: 3,5/5
Gênero: Poesia 

Este é o 3º livro da série "As mulheres têm uma espécie de magia" da autora (ver post anterior, em q falo sobre o 1º e brevemente sobre o 2º livro). Ele me gerava muita curiosidade pq estudo há um tempinho sobre musas e sereias; canto e encantamento; o poder da voz, da palavra; a verbivocoperformance (a grosso modo, palavra, voz e performance). Esse tema aborda a questão da sereia, do silenciamento delas, q, na Antiguidade, eram serem horrendos, poderosos, perversos e q ngm podia com elas. 
Ao longo dos séculos, como forma de silenciar as mulheres (a literatura e arte eram usadas pra legitimar isso [e ainda se usam]), personagens mitológicos e históricos que eram exemplos de empoderamento de mulheres, foram sendo transformadas, para que não houvesse inspirações à rebeldia feminina, de modo algum. Isso tb aconteceu com as sereias, eram poderosas; depois, se tornaram as belas "mulheres" q enfeitiçavam os homens, como as q cruzaram o caminho de Odisseu, em "Odisseia"; depois, Ariel, da Disney, uma sereia fofa e dócil, q vivia em função de mudar sua natureza por causa de um homem; até chegar à pintura de René Magritte, em q na parte de cima, ela é um peixe; e na de baixo, mulher, silenciando-a totalmente, como na foto abaixo.


Enfim, após essa digressão, esperava q este livro fosse envolver poesias a respeito desse contexto, diretamente, mas não foi bem isso. O título tem td a ver e, de uma certa forma, a vida da autora se encaminhou pra essa reviravolta: o retorno da voz da sereia.
Na primeira parte, "O céu", as poesias misturam ficção e realidade, no que diz respeito ao fato de a narradora da poesia ser a pessoa ou a personagem da sua história, eu achei esso jogo mt interessante. Ainda envolvem violência sexual e paixão. Me deu a entender q o céu era como se fosse uma ilusão, um deslumbre ou a parte do aconselhamento.
Este livro fala mt sobre a relação mãe-filha, e na segunda parte, "O naufrágio", as poesias são sobre violências sofridas em relacionamento tóxico, principalmente, sobre mãe e filha.
A terceira parte, "O canto", Amanda faz poesias sobre os relacionamentos, sobre a realidade deles, sobre relacionamentos abusivos e sobre amizades, um assunto smp envolvendo outro. 
E na quarta parte, "A sobrevivente", a autora reafirma essas temáticas, além de trazer, no final, a participação da composição de poetas que ela admirava e que a encorajaram a escrever esse livro. Achei mt interessante a divulgação de outros poetas.
Após as poesias, Amanda explicou o significado de cada livro, e neste, ela volta a ter voz, solta a sua voz e seus segredos guardados à chave. Ela mostra e espera de suas leitoras q não se permitam mais ser silenciadas, assim como ela foi. Isso muda as pessoas, muda vidas, inclusive as de qm se expõe. Q cada uma tenha sua maneira mais segura e confortável pra essa exposição, a dela foi a poesia, e nos instiga a descobrirmos as nossas.
Mais uma vez, vejo o qnt a poesia liberta e transforma as pessoas. Eu só tenho amor por ela.

A princesa salva a si mesma neste livro - Amanda Lovelace



A princesa salva a si mesma neste livro - Amanda Lovelace (Livro 7. jan/2021. 208p.)
Editora: Leya  
Ano: 2016
Nota: 3,5/5
Gênero: Poesia 

Este é o 1º livro de poesias da série "As mulheres têm uma espécie de magia", em que a autora fala sobre sua vida  com momentos bem delicados, de uma "princesa" que desmorona nas cinzas e se torna "rainha" - ela msm, fala sobrre td q perdeu, q amou, lutou e seus passos pra sobreviver. O  3º livro, explica isso mais claramente (resenha do próximo post). 
Eu comecei a lê-la pelo segundo, ganhei de presente, em 2019, e me apaixonei pela autora, inclusive é o meu livro preferido dos 3 ("A bruxa não vai para a fogueira neste livro") pq ela fala de machismo e feminismo, de empoderamento e esclarecimento desses pontos de uma forma marcante, forte, debochada e divertida. E ela diz q, nesse livro, ela fala da "princesa" que sobreviveu e q, agora, se vingaria. A bruxa revoltada, poderosa, q ainda não estava pronta pra abrir seus segredos.
em "A princesa salva a si mesma neste livro" senti mta tristeza e mais cunho autobiográfico do q no 2º. Ela faz poesias sobre a maternidade, sobre como ela pode ser tóxica e qnts expectativas os filhos sentem em relação a isso. Tem poesias sobre mães abusivas e mães respeitosas.
Ela ainda aborda questões sobre bulling com mulher gorda, logo, tem poesias sobre o corpo, sobre empoderamento e aceitação, q abrange outros corpos, não só o corpo gordo. Tem ainda poesias sobre relacionamentos abusivos amorosos, de amizade; poesias sobre amor, sobre amizade, sobre ser filha e irmã, o que mexe mt cmg. 
A segunda parte, gira mais em torno de poesias sobre decepções amorosas, perdas e mortes. Essa parte foi bem triste!!
As partes seguintes são de poesias mais alegres, em alguns momentos, mais empoderativas, em que Amanda faz poesias a respeito da relação dela com um homem que deu mt certo. Mas tb fala de machismo, feminicídio, e, no finzinho, sobre humanidade.
Em suma, as poesias mostram o qnt Amanda sofreu, mas o qnt ela evoluiu e ainda lida com seus traumas, e seus livros contribuem pra q outras princesas se tornem rainhas, bruxas não vão às fogueiras e sereias voltem a cantar, empoderando mulheres, e mostrando um empoderamento possível, cujas lutas são reais, logo, as armas tb devem ser.

 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

A bíblia sem preconceitos - Marcos Gladstone



A bíblia sem preconceitos - Marcos Gladstone (Livro 7. jan/2021. 51p.)
Editora: Não achei
Nota: 5/5
Gênero: romance (não ficção) 

Eu ameiii este livro e foi indicação da minha eterna treinadora e capitã, Thami. Ele se configura em um estudo q faz apologia à homossexualidade justificada na própria bíblia e desmitifica preconceitos em relação a esse público. 
Na apresentação e introdução o autor mostra q Jesus é amor, q Deus não despreza e discrimina ngm. Além disso, as diversas traduções da bíblia e suas influências particulares, podem ser equivocadas e manipuladas para interesses individuais e de controle. A seguir, apresentarei brevemente as discussões tratadas nos capítulos deste livreto e citarei partes do texto q me marcaram pra instigar vcs à leitura.

1- "Não é a primeira vez q a bíblia é usada para o preconceito"
Aqui, o autor mostra o livro em questão não deve se analisado e vivido apenas como regra de vida, sem levar em consideração o contexto sócio-cultural da época. Cita, como exemplo, a escravidão e a subalternização das mulheres como algo aceitável e certo pro contexto e, hj, inadimíssiveis.
"Deus vê o coração, sem cor, sem, raça, sem gênero, sem orientação sexual."

2- "Jônatas e Davi - namoro ou amizade?"
Este capítulo foi deslumbrante pra mim!! Eu já tinha ouvido falar sobre isso, mas nunca me dediquei ao assunto e realmente, tô 99% convencida de q eles não foram apenas amigos!! Aqui ele aborda os tipos de amor existentes no grego, o q amei! Puxando sardinha pro meu lado, né? rs.. Além disso lança vários questionamentos sobre essa "amizade" entre os dois.
"Sinceramente, nunca vi um homem q tivesse apenas amizade por outro homem dizer declarações sentimentais tão fortes, ter encontros de amor a ponto da alma de um se juntar a do outro, de se encontrarem privadamente, se abraçando, se beijando."
"(...) maravilhoso me era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres" (II Samuel 1:26). 

3- "Pode ser possessão demoníaca?"
O autor aborda a questão da cura, da libertação q se propaga e se direciona aos homossexuais, ex., "Ngm fica liberto de uma doença e continua tendo os 'sintomas' da doença". Antes de ler esse livro eu já me questionei e falei sobre isto: não existe passagem bíblica em q Jesus tenha curado homossexuais ou libertado nenhum deles de demônios. E eles já existiam.

4- "Deus criou o macho e a fêmea"
Rs.. Este é um dos argumentos mais comuns usados contra homossexuais. Deus criou humanos para procriar, até pq, naquela época, o mundo precisava ser povoado. Mas sabemos q nem todo hétero deseja procriar, então, na minha opinião, esse n é um argumento plausível. Tem ainda a questão do desejo sexual, de desejo não natural, mas nem todo gay, por ex., tem prazer no sexo anal. Prazer sexual vai mt além de órgãos genitais.
O autor tb esclarece a confusão entre gênero e orientação sexual, q são coisas diferentes.

5- "Procriação sim, mas e os eunucos?"
Aqui eu descobri q os eunucos não eram apenas aqueles caras q escolhiam servir o rei, eram "castrados" e viviam no harém, entre as mulheres do rei, dentre outras funções, eles cuidavam dessas mulheres e as preparava pro encontro com o rei. Eles eram gays tb. Cuidavam das maquiagens, das joias, das roupas das mulheres. Historicamente isso é comprovado, como se pode ver em filmes de época, por ex. Alexandre, o Grande, era um eunuco, grd amor da vida do imperador. O eunuco, pro qual Filipe pregou e q ele batizou (Atos 8), era funcionário da Rainha Etíope, Candace.

6- "Homoafetividade e os traumas sexuais"
Esse é outro argumento q as pessoas usam pra justificar a homossexualidade como um erro e uma doença q tem tratamento: traumas vividos na infância. Aqui, o autor usa como ex. a história de conhecidos q tiveram problemas familiares na infância e q não tiveram. Um, filho de pastor, família perfeita (inclusive ele), e é gay; outro, abusado sexualmente pelo pai até os 13 anos de idade, é hétero. Ou seja, justificativa rasa e falha.

7- "Sodoma e Gomorra (Gênesis 18:19)"
Esse foi um capítulo bem curioso tb. Eu já tinha pensado a respeito, o texto não deixa claro q Deus destruiu a cidade pq eram homossexuais, mas sim, q as pessoas eram sem escrúpulos, não respeitavam ngm, eram desumanas, "rejeitaram o conhecimento" (Oseias 4:6). Até pq, naquela época, "violentar sexualmente 'visitantes'" era "uma forma de intimidar e refrear o envio de espiões". 
O autor justifica e argumentar, embasado na história e na tradução, q a homossexualidade abominável era aquela usada para humilhar alguém, como faziam em repulsa a estrangeiros, "isto é exatamente o contrário da vontade de partilhar afetivamente uma vida a dois". Tem tb a questão de relação homoafetiva em rituais pagãos, como tinham as heteroafetivas tb.
E aí tem uma questão, o autor usa o o versículo 49, do cap. 16 de Ezequiel pra justificar qual foi o erro de Sodoma, mas no versículo 50 tem especificamente a citação à homossexualidade, e o autor n cita nem argumenta, o q deixa seu argumento falho ou incompleto, neste caso.

8- Levítico 18,22 e 20,13
As pessoas usam esses versículos como base pra abominação da homossexualidade, porém, o autor usa o questionamento de uma ouvinte de rádio, q questionou uma locutora homofóbica. Ela traz a questão do sacrifício do bezerro; tocar num cadáver de porco e se tornar impuro; comer marisco era abominável; ter ctt com mulher no período menstrual; plantação de diferentes sementes no campo; cortar cabelo era proibido; aproximação do altar de deus se tiver um defeito, como deficiência física ou uso de óculos, por ex.; e a posse de escravos. Eu achei brilhante!!
Ponto importante: A palavra "abominação", no antigo testamento, é utilizada num contexto de IDOLATRIA em toda lei. É um ponto q pretendo aprofundar nas traduções.

9- Romanos 1, 21-28
Esse é o versículo mais comumente citado pra abominar os homossexuais. O autor traz a história romana (e tinham as gregas anteriormente) pra explicar o q significavam as relações homossexuais, comuns à época. Em q a mulher era necessária apenas para procriar; prazer, os homens tinham com outros homens, isso era honroso e digno aristocraticamente. Agora vc vê, né? rs..
Argumenta q a inaceitação aqui era pelo msm motivo da anterior: idolatria, humilhação, uso da relação homossexual q não fosse pra fins afetivos.

10- 1 Coríntios 6, 9-10 e 1 Timóteo 1,10
Aqui o autor traz as reais traduções sobre "malakoi" ("mole") e "arsenokoitai" (tradução obscura, mas já foi traduzida como "masturbadores", em algumas épocas), palavras em grego, traduzidas como efeminados e sodomitas, respectivamente ou, "adúteros" e "homossexuais" ou ainda "homossexuais ativos" e "homossexuais passivos" (kkkk.. apelaram, essa é a versão da Nova versão Internacional (NVI)).
Mais uma vez, o autor argumenta o motivo real da homossexualidade abominável.

No final, tem a explicação de como surgiu a Igreja Cristã Contemporânea e sobre a vida do autor. 
Indico mt esta leitura, não (num primeiro momento) como guia de vida ou pra tomarmos como abolição da bíblia, mas pra questionarmos o q lemos e aprendemos.. Pra questionarmos o desrespeito e "semetência" na vida alheia. Até pq é um livro bem curto e o autor não aprofunda tanto as questões. É mais uma base pra buscarmos aprofundamento, e pra lançar a famosa "pulga atrás da orelha".
A resenha ficou um pouco longa, mas esse assunto é polêmico e mt caro a mim. Acho q vale à pena conferir, e mais, ler o livro! R$ 11,00, na Amazon.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

A cor púrpura - Alice Walker


A cor púrpura - Alice Walker 
(Livro 6. jan/2021. 336p.)
Editora: José Olympio
Nota: 4/5
Gênero: romance (clássico) 

O impacto dessa história já começa na primeira página e a segunda destrói o coração! Celie, a protagonista, é uma mulher preta e pobre, de uma cidade no interior dos EUA. Sofre estupro do padastro e tem a vida, quase inteira, vivida e marcada por mt sofrimento, humilhação, por situações q a anulava e a impediam de conhecer a si msm. O livro é uma espécie de diário (fictício), em q Celie escreve cartas pra Deus, pq ela diz q enquanto escreve não para de viver. Lá, ela coloca suas experiências, da maneira mais inocente, o q acaba deixando td mt triste; revela seus desejos; insatisfações; fala sobre a vida dos personagens q cruzam sua história; sobre sua relação com eles e, principalmente, com Shug Avery, sua salvação e perdição ao msm tempo. Depois, ela começa a escrever pra sua irmã, Nettie, q tinha fugido de casa, depois de Celie ter sido obrigada a casar, e tornou-se missionária na África.
A narrativa aborda mtas questões de violência contra mulher, mas a maioria delas não aceita essas imposições bizarras e lutam, morrem contra o sistema da época (início do séc. XX). Aborda ainda, de uma maneira simples e cotidiana a questão racial, gerando mtas reflexões impotantíssimas. Tem tb a pauta da sexualidade, da descoberta de si e a influência na descoberta alheia, essa abordagem se deu de forma fluida e tranquila, assim como qse toda situação no livro, talvez, pq fosse uma espécie de diário, n sei. Mas foi essa a impressão q tive, n tinha enrolação, nem tabus pra se falar das coisas.
Outro assunto envolvido na maior parte do livro é o da catequização, qnd Nettie contava em suas cartas sobre o trabalho missionário e os conflitos religiosos e culturais existentes nas aldeias, q N engoliram com facilidade a chegada de cristãos. Além disso, tinha a pauta da colonização e invasão de terras africanas, ela conta partes desse contexto e clarificar como  as colonizações se deram. 
Outra coisa q me toca mt e tem neste livro é a irmandade, o amor fraterno. Mt lindo o amor entre as irmãs. Teve ainda a questão do preconceito linguístico q me atrai demais e sobre a concepção sobre Deus. A visão q Shug tem sobre Deus é a coisa mais linda, e a q Celie tem é aquela mais comum e preconceituosa sobre ele, q o limita e é ilógica. Nettie Tb fala sobre isso em suas cartas e explica pq mudou a visão q tinha e q Deus estava em td e era mt mais do q poderíamos imaginar, q já ouvimos falar e ela descobriu isso com o trabalho missionário.
O final foi feliz, pelo menos, embora td se encaminhasse pra desgraça e aí tem um truque de indução literária, q eu caí, mas amei a surpresa. Foi perto do fim da vida de todos os envolvidos, mas deu certo. 
No geral, a história é bem pesada, uma realidade, né? Mas é tb mt "aconchegante", tocante e íntima, eu curto isso. Leiam!!! 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Os sete maridos de Evelyn Hugo - Taylor Jenkins Reid

 


Os sete maridos de Evelyn Hugo - Taylor Jenkins Reid (Livro 4. jan/2020. 360p.)

Editora: Paralela
Nota: 5/5
Gênero: romance (ficção) 

Antes de mais nd, um fato cômico: qnd minha irmã viu esse livro na minha mesa, ela disse: "Sete maridos??? Eu n dou conta de um". Eu não aguentei!!! Kk.. E disse: Eu não dou conta de nenhum!". Fiquei pensando como os títulos podem dizer tantas coisas. 
Q livrão!!! Já queria ler dsd o ano passado e tinha mta curiosidade, então, neste ano, entrei numa LC e foi incrível!! 
É uma história cheia de violências, machismo, submissões, obrigações, felicidades e infelicidades, negação de si, arrependimentos, perdão e amadurecimento. Facilmente, se tornou um dos meus preferidos e o melhor do ano até agora. 
Já comecei amando pelas referências a livros e filmes, em seguida, por ter personagens negras na narrativa e em papéis de protagonismo. Fora o enredo q é perfeito! Eu N vi defeitos. 
A história tem como protagonista uma artista das telinhas, Evelyn Hugo, q decide selecionar uma jornalista, Monique, pra falar de sua vida, o q é um grd mistério, pq essa jornalista n tinha prestígio algum e a revista pra qual trabalhava n era das melhores da cidade. Mais tarde, Monique descobre q ela deseja algo mt mais surpreendente do q falar sobre o leilão de seus vestidos. 
Evelyn fala de seus 7 maridos e as histórias não expostas no mundo da fama. O primeiro é Ernie Diaz, q foi uma espécie de ponte pra q ela chegasse onde queria no mundo da fama. O segundo, Dom Adler, a primeira paixão de Evelyn, mas era um embuste abusivo e com um ego do tamanho do planeta terra. O terceiro, Mick Riva com qm ela teve o casamento mais rápido, mas, ao msm tempo, mais vinculado a ele. Porém, ela fez questão de se desfazer desse vínculo. O quarto, Rex North, um dos caras mais desejados do mundo da fama, mas ela n queria (e não teve) nada com ele. Tb não durou mt tempo. O quinto, Harry Cameron, foi o q durou mais, 15 anos, era seu melhor amigo, com quem teve uma filha e viveram mt bem. O sexto, Max Girard, foi a segunda paixão de Evelyn, mas Tb N durou pq ela percebeu q os interesses de Max eram outros, e não aqueles q geralmente levam duas pessoas a casarem. O sétimo foi Robert Jamison, mais uma relação de aparências e interesses, mas, dessa vez, algo mais maduro e por uma causa importante (necessária), assim como com Harry. 
Foi inacreditável como Evelyn fez sua grd descoberta no segundo casamento e ainda teve mais 5 depois disso!! Chocadíssima!! Fiquei me questionando o q a levaria a viver tal vida, depois entendi. 
Uma coisa foi Mt curiosa e bizarra: as tretas, injustiças e desonestidade no mundo das celebridades. Fiquei pensando em vários casamentos e relacionamentos expostos na Internet atualmente, deve existir mt mais fraude do q vdds neles. 
Em alguns momentos, fiquei revoltada com Evelyn, egoísta, aquele tipo de pessoa q qr td ao msm tempo e n se importa tanto com os sentimentos alheios, q faz td pela fama e ainda se acha certa. Entendo q ela era nova, teve uma família complicada, era deslumbrada e via a fama como td na vida, ainda mais por conta da influência da sua mãe e de td q elas viveram. Enfim.. Amo-odeio! Rs
Célia (qm leu/ler vai saber pq ela é importante na narrativa) tb amei-odiei.. Manipuladora, mt emocionada e impulsiva, só pensava no amor e não racionalizada seus impulsos. Além de ser abusiva tb, em alguns momentos, pra conseguir o q queria com Evelyn. 
Monique não julguei em momento nenhum, apenas no final, depois de sua revolta, questionei se ela deveria n ter feito realmente nd diante da decisão de Evelyn.. Uma questão complexa.. 
Mt complicado fazer essa resenha pq o enredo gira em torno de uma revelação q, se eu fizer, estarei dando o maior spoiller dessa história, além do último, q é a razão pela qual Evelyn escolhe Monique. E foi Mt chocante pra mim! A narrativa tem mtas descobertas, teve mts partes em q fiquei de boca aberta. Eu não queria q ele acabasse :(
Enfim, leiam e n vão se arrepender! Me causou mts sentimentos, eu chorei horrores, tive raiva, sorri, fiquei triste, amei e odiei mtas situações e todos os personagens, só n odiei o Harry, o mais perfeito de todos, inclusive, o capítulo sobre ele foi o melhor! 


domingo, 31 de janeiro de 2021

Desafio Leia Mulheres (janeiro): "Vasto Mar de sargaços" - Jean Rhys

 


Desafio Leia Mulheres mês de Janeiro - Autora latino-americana
Vasto mar de sargaços - Jean Rhys (Livro 4. jan de 2021. 192p.)

Editora: Rocco
Nota: Não acho justo dar a nota sem ter lido "Jane Eyre", mas pela riqueza de conteúdo literário dou 4/5. Não pela história em si.
Gênero: Romance psicológico 

Já comecei o desafio sendo impactada e com uma leitura mt louca! Esse livro me lembrou "A confissão de Lúcio", de Mário Sá-Carneiro, um clássico português, q é doido tb, mas com as explicações da professora e acompanhada de textos críticos, se tornou um dos meus preferidos por ter uma narrativa tão inteligente! E tenho a impressão de q seja o caso desse livro tb, mas me falta apoio.
Rhys pegou a personagem Bertha de "Jane Eyre", romance de Charlotte Brontë, a "louca do sóton". Eu n sabia disso pq nunca li o romance (embora queira mt), mas essas informações estão no prefácio. Ela, assim como a autora, era Dominicana (Caribe) e passam a sua vida na Inglaterra. Bertha, tem seu nome mudado pelo marido, a fim de ter sua personalidade mudada tb, esperava-se q ela se tornasse contida, submissa e passiva. O contexto sócio-histórico, na Inglaterra, estava na era vitoriana, o qual era mt violento pras mulheres. Os costumes e a moral eram vividos e impostos severamente. A mulher q saía do padrão era considerada louca e os piores castigos eram dirigidos a elas.
Antoinette é a protagonista da narrativa, no começo, uma menina bem sofrida, sem pai (mas, depois, com um padrasto) e com uma mãe super abusiva, q a rejeitava e smp q podia lhe dirigia um insulto. Foi bem triste. Mais tarde, houve um acidente em sua casa, o q levou à morte de um familiar seu e sua mãe ficou pior do q já era. Em seguida, ela é levada a um convento, depois se casa e a história se desenrola nesse momento.
O início, aparentemente solto e sem sentido, começa a ser explicado e o quebra-cabeça vai tomando forma, a respeito da vida de seus pais, de seus "criados", aparecem tb vinganças e desconfianças.
O enredo aborda questões sobre choque de culturas (branca e preta, especificamente, ingleses e jamaicanos). Antoinette, pros brancos é considerada "preta branca" e pros pretos, "barata branca", o q a agonia mt, atrapalhando o seu reconhecimento identitário. Além disso, tem a questão de os negros serem vistos como feiticeiros e motivos de preocupação, já q causam ameaça com seus ocultismos e mentiras. Existem ainda mts pontos q caracterizam a escrita do início do séc. XX nesta obra, como personagens se sentindo perdidos, "sem identidade", num mundo sem sentido, smp deslocado, sem lugar de pertencimento; referências ao espelho, ao passado, ao quarto, ao retorno para o passado, a ideias q se opõem (lua e sol, claro e escuro, vida e morte, desejo e sua negação, sonho e realidade, dormir e acordar), loucura, e fingimento. 
Além disso, percebi elementos da melopeia (o texto dava a impressão de que era uma música, em alguns momentos), principalmente, no final do livro, era possível visualizar uma espécie de magia, feitiço e transpassava emoções, apuração de sentidos. Inclusive, essa narrativa é cheia de jogo de palavras, de ideias com mais de um sentido, tem uma passagem sobre morte mt interessante, cujo cenário é um casamento:
"Eu me lembro muito pouco da cerimônia em si. Placas de mármore nas paredes celebrando as virtudes da última geração de fazendeiros. Todos benevolentes. Todos senhores de escravos. Todos descansando em paz. Quando saímos da igreja, eu peguei na mão dela. Estava fria como um gelo no sol escaldante" (p.73, grifos meus).
O final foi mta viagem!! Talvez, eu tenha ficado perdida por n ter lido "Jane Eyre". Então, vou fazer a leitura, q já qro há um tempo msm, e voltar a este clássico. Narrativa mt curiosa.. 
Enfim, é uma história com alguns suspenses (leves), questões raciais e identitárias, desconfianças, tragédias e algumas incógnitas. Recomendo demais e quero alguém pra discutir cmg.
Curiosidade 1: Jean Rhys era um pseudônimo de Ella Gwendollen Rees Williams Roseau. 
Curiosidade 2: O Mar de Sargaço está localizado no Oceano Atlântico, próximo ao Caribe. Sargaços são espécies de algas q se proliferam mt nesse mar, por isso o nome. Ele é cercado de ilhas, dentre elas a Jamaica, cenário escolhido pela autora pra fazer este romance.
Curiosidade 3: A capa do livro só tem a ver com a personagem do romance "Jane Eyre", q é a msm personagem deste livro. No primeiro livro, a personagem vê/sente Antoinette saindo pela janela do sóton em q estava presa e só ficando Bertha, aquela q não era ela de vdd. As duas eram a msm pessoa, mas seu marido a renomeou, querendo q ela se transformasse. 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Por favor, cuide da mamãe - Shin Kyung-Sook

 

Por favor, cuide da mamãe - Shin Kyung-Sook (Livro 4. jan/2021. 240p.)

Editora: Intrínseca
Nota: 3,5/5
Gênero: romance (ficção)

Sabe o q tô achando? Q amo narrativas coreanas, talvez, por enquanto, as contemporâneas, pq foram as únicas q li. Q narrativa é essa, minha gente!!! E a grd chave dela são os diferentes narradores e seus tipos.
A história é sobre o desaparecimento de uma mãe, mt idosa, de 4 filhos, um ex-marido, noras, cunhada, uma mãe (n sei se viva ou morta); em q os personagens narram sua relação com essa mulher. Ela é a protagonista, mas só se narra em um pequeno trecho do último capítulo. Além disso, o texto não possui um narrador fixo em terceira pessoa ou primeira, ou um narrador onisciente, os personagens da história narram sobre ela, cada um em capítulo. Eu achei isso mt legal! Não me lembro de ter lido nd assim antes.
Parece q o segundo protagonista (pq a primeira é mamãe) de cada capítulo se responsabiliza ou é acusado de culpa pelo desaparecimento da mãe, pela sua omissão e falta de reconhecimento por td q ela fazia. Tive tb a impressão de q a coroa sumiu pra fazer cada um refletir em suas vidas e ações. Mas o final deu a entender outra coisa e n vou dar spoiller.
O primeiro capítulo é narrado pela filha mais nova, q era escritora, mas ao longo do capítulo, eu me confundi. Pq ela narra como se tivesse falando dela, mas na segunda pessoa, por exemplo: "você sabe q sente falta de uma pessoa, qnd ela some", era como se ela tivesse falando se dirigindo a alguém, mas a incluindo no discurso, poderia ser Tb uma conclusão generalista a respeito do q ela abordava. No decorrer do capítulo, parece q ela tá falando de alguém pra outra pessoa e não dela msm. Essas confusões assim, me instigam mt, mas dão um nó. O segundo capítulo é narrado pelo irmão mais velho, em primeira pessoa.
O terceiro é sobre o esposo da protagonista. Mas quem narra sobre ele e sua relação com mamãe é uma funcionária do orfanato q ela frequentava e ajudava financeiramente, além de ter apadrinhado um menino e ngm sabia disso. Essa mulher conta o q mamãe falava pra ela sobre a relação dos dois e as impressões q ela tinha das histórias. A irmã do esposo, cunhada de mamãe, q mais parecia sua sogra, tb narra esse capítulo e a relação dela com a protagonista não era das melhores, mas a cunhada se arrependia disso. Além disso, ainda neste capítulo, há uma perda q faz mamãe desencadear depressão, além de suas outras doenças, e isso foi bem marcante pra narrativa e pra vida da personagem. 
O quarto capítulo foi bem confuso. A avó materna desses filhos narra a história, mas falando com sua filha, q, de repente, parece surgir (pq ela estava desaparecida rs). Nd é explicado e as descobertas continuam. Parece q ela volta ao passado ou q mamãe morre por um momento, ou nos dá a entender q ela morreu. Mamãe Tb narra esse capítulo e fala sobre seu estado de saúde física e mental e seus planos diante disso. Ela faz uma fala sobre o passado no presente e a interligação desses com o futuro, q resume td o q foi a narração desse livro: presente (sumiço  da mulher) cheio de passados (os familiares narravam td q tinham vivido com ela e as descobertas q iam sendo percebidas) q iam influenciar o futuro (retorno ou não da mulher). 
Esse livro foi gatilho, pra mim, com a questão da violência doméstica, principalmente a psicológica. E no q diz respeito à maternidade tb, com a questão da culpabilização (interna e externa) da mulher sobre a criação dos filhos. 
Só não dei mais nota pq o livro ficou mt confuso, em alguns momentos, como dá pra perceber nesta resenha, o q gerou um cansaço. Com certeza, gera a necessidade de releituras. É um livro denso, mas com questões literárias incríveis!! Foi indicação da Vanessa e agradeço por querer discuti-lo cmg! Uma experiência maravilhosa e de mtas reflexões!


sábado, 23 de janeiro de 2021

A vida invisível de Eurídice Gusmão - Martha Batalha

 


A vida invisível de Eurídice Gusmão - Martha Batalha (L. 2. jan/2020. 192p.)

Editora: Companhia das letras
Nota: 3,5/5
Gênero: Romance psicológico

Confesso q me decepcionei um pouco com esse livro. Acredito q tenha criado mtas expectativas sobre ele e não achei isso td.. Embora seja uma leitura instigante, q prende o leitor e mantém o desejo de continuar no próximo capítulo qnd o anterior acaba.
É o tipo de narrativa q apresenta coisas nos começos e vai explicando durante o desenrolar da história, eu amo isso! Tem muitos personagens, todos ligados à Eurídice de alguma forma e é mt interessante pq a autora contextualiza a vida de todo mundo, fazendo com q a gente não os odeie, mas q olhemos para além das suas péssimas características enquanto pessoas, q não são de todo ruins. Isso tb é uma coisa q gosto mt na descrição e formação de personagens: explicação sobre o passado, contextualizando-os pra nós, leitores.
A história se passa na zona norte do Rio de Janeiro, nos anos de 1940, aproximadamente,  cuja protagonista é Eurídice Gusmão. Uma muher do lar, com marido e dois filhos, mas essa vida não era suficiente pra ela. Porém, em td q ela tentava fazer pra ter o seu dinheiro, sua independência, sua identidade, era tolhida e o foi dsd criança. Até q, depois de alguns anos, ela se descobre (mais uma vez) e coloca seu desejo, sua vida em prática, sem impedimento e julgamentos. 
E, nesse momento, me pareceu faltar informações, a narrativa deu um pulo, ou eu perdi alguma coisa. Pois ela tinha tentado outras coisas e n dava certo, por que essa última deu, sabe? Enfim..
Os machismos q Eurídice viveu me incomodaram um pouco e eu tava só esperando o momento em q essa mulher ia reagir, minha gnt.. E com medo.. Se ela não desse uma reviravolta nessa história eu nem sei, Brasel!
No mais, amei a história de cada personagem, do contexto daquela época, costumes, além da citação de ruas e lugares aqui do RJ. Teve mt injustiça, indignação, reprodução sem questionamento de diversos comportamentos, uma história se ligando a outra, tinha hora q eu nem lembrava de q Eurídice q era a protagonista, tb curto mt isso.
Outra coisa interessante é a forma como as crianças são retratadas pela autora e os descobrimentos morais e sociais q elas vão fazendo ao longo de suas vivências. Aquela coisa de fofocas e mexericos, q é bem comum em novelas de época tb me cativam mt e foi perfeitamente bem retratada na narrativa e a ligação com a espiritualidade tb é bem marcante e divertida. Além disso, o narrador conversa com o leitor em alguns momentos e eu sou apaixonada por essa estratégia narrativa!! Uma das coisas q faz eu ser apaixonada pela jeito narrativo de Machado.
É um livro de linguagem simples, q retrata a época sem dificuldade alguma, divertidíssimo, revoltante e chocante em diversos momentos!! Eurídice e a maioria dos personagens rompem com os padrões sociais impostos, msm q, em alguns momentos, tenham se submetido a eles contra suas vontades. E a invisibilidade foi um marco na vida de Eurídice, msm qnd ela resolveu ser ela e se expandir pro mundo. Recomendo a leitura!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Toda forma de mulher - Nathalie D. A.

 


Toda forma de mulher - Nathalie D. A. (L. 1. jan/2020. 128p.)
Editora: Sinna
Nota: 4/5
Gênero: poesia

Ai foi tão bom começar o ano com poesia, ainda mais poesia feminista!
O livro se divide em 3 partes: "do abuso ao empoderamento"; "nosso corpo é lindo" e; "nós duas". As poesias são bem simples e acessíveis de entender, retratam a realidade vivida por mulheres em relação ao machismo e todo tipo de violência q o envolve. É um livro importante pra qlqr mulher ler e se empoderar, mas, principalmente, para aquelas q estão começando a entender as opressões q sofremos ou aquelas q ainda não se percebem oprimidas e violadas. Esse livro é uma porta pra q mulheres acessem ao caminho da liberdade. 
Na terceira parte, ela aborda mais as questões q mulheres lésbicas sofrem, e foi a parte q mais amei e me identifiquei. É mt bom ter representatividade na literatura!!
Só não dei nota 5 pq senti falta de outras "formas de mulheres", como as pretas, as portadoras de deficiência, as trans, enfim.. Toda forma de mulher é mta coisa. Há quem critique essa forma de pensar, mas as opressões de mulheres não podem ser generalizadas, existem violências específicas pra "tipos" específicos de mulheres.
Os posts q fiz de algumas poesias deram o q falar e eu amo, teve até gente querendo o livro emprestado e é esse o papel da poesia, da arte, da literatura, na minha opinião: se propagar e libertar pessoas.
Agradeço a autora pelo trabalho, pelo posicionamento, pela exposição e a contribuição no empoderamento e liberdade de outras mulheres.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Metas para 2021

 

Eu sou a louca das metas. Msm q eu N cumpra td ou não cumpra nos períodos q estabeleci, adoro a sensação de "dever cumprido" q as metas me proporcionam rs. 
Pra 2021, vou continuar no Desafio leia mulheres, cujo objetivo é ler, pelo menos, uma mulher por mês e esse ano vai ser com foco nas autoras pelo Brasil e mundo. Eu amei essa ideia!! 



Quero entrar tb no Desafio "faces da África 2021", q o objetivo é ler 7 autores negros e de gêneros e tipos de livros diferentes. Adorei a ideia já q eu tava na missão de ler mais negros em 2021. 



Pensando nessa meta, vou aderir à listinha da @mulheresnegrasnabiblio, de leituras de autoras negras em 2021.



Tem tb o projeto com 5 amigos literários, chamado de "livros viajantes", em q cada um escolhe um livro e um vai passando pro outro até seu livro chegar em si novamente. Tô super empolgada! O primeiro já chegou, tô aguardando o dos outros chegarem pra começarmos as leituras. 
Já estou em 3 leituras coletivas rs e sei q vêm mt mais! Coloquei 30 livros na meta de leituras do skoob, por enquanto, essas 3 leituras coletivas já estão incluídas ("Os sete maridos de Evelyn Hugo", "A cor púrpura" e "Meio sol amarelo"). 





E tem a leitura coletiva da Bíblia q criei com a Fernanda, totalmente de forma aleatória, no finzinho de 2020. E tô amando! 
Elemento surpresa: tenho 2 projetos pra esse ano, até março vou lançar as novidades!!
É isso, gente!! Final do ano eu volto pra conferir o q consegui cumprir.