Pesquisar este blog

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Por favor, cuide da mamãe - Shin Kyung-Sook

 

Por favor, cuide da mamãe - Shin Kyung-Sook (Livro 4. jan/2021. 240p.)

Editora: Intrínseca
Nota: 3,5/5
Gênero: romance (ficção)

Sabe o q tô achando? Q amo narrativas coreanas, talvez, por enquanto, as contemporâneas, pq foram as únicas q li. Q narrativa é essa, minha gente!!! E a grd chave dela são os diferentes narradores e seus tipos.
A história é sobre o desaparecimento de uma mãe, mt idosa, de 4 filhos, um ex-marido, noras, cunhada, uma mãe (n sei se viva ou morta); em q os personagens narram sua relação com essa mulher. Ela é a protagonista, mas só se narra em um pequeno trecho do último capítulo. Além disso, o texto não possui um narrador fixo em terceira pessoa ou primeira, ou um narrador onisciente, os personagens da história narram sobre ela, cada um em capítulo. Eu achei isso mt legal! Não me lembro de ter lido nd assim antes.
Parece q o segundo protagonista (pq a primeira é mamãe) de cada capítulo se responsabiliza ou é acusado de culpa pelo desaparecimento da mãe, pela sua omissão e falta de reconhecimento por td q ela fazia. Tive tb a impressão de q a coroa sumiu pra fazer cada um refletir em suas vidas e ações. Mas o final deu a entender outra coisa e n vou dar spoiller.
O primeiro capítulo é narrado pela filha mais nova, q era escritora, mas ao longo do capítulo, eu me confundi. Pq ela narra como se tivesse falando dela, mas na segunda pessoa, por exemplo: "você sabe q sente falta de uma pessoa, qnd ela some", era como se ela tivesse falando se dirigindo a alguém, mas a incluindo no discurso, poderia ser Tb uma conclusão generalista a respeito do q ela abordava. No decorrer do capítulo, parece q ela tá falando de alguém pra outra pessoa e não dela msm. Essas confusões assim, me instigam mt, mas dão um nó. O segundo capítulo é narrado pelo irmão mais velho, em primeira pessoa.
O terceiro é sobre o esposo da protagonista. Mas quem narra sobre ele e sua relação com mamãe é uma funcionária do orfanato q ela frequentava e ajudava financeiramente, além de ter apadrinhado um menino e ngm sabia disso. Essa mulher conta o q mamãe falava pra ela sobre a relação dos dois e as impressões q ela tinha das histórias. A irmã do esposo, cunhada de mamãe, q mais parecia sua sogra, tb narra esse capítulo e a relação dela com a protagonista não era das melhores, mas a cunhada se arrependia disso. Além disso, ainda neste capítulo, há uma perda q faz mamãe desencadear depressão, além de suas outras doenças, e isso foi bem marcante pra narrativa e pra vida da personagem. 
O quarto capítulo foi bem confuso. A avó materna desses filhos narra a história, mas falando com sua filha, q, de repente, parece surgir (pq ela estava desaparecida rs). Nd é explicado e as descobertas continuam. Parece q ela volta ao passado ou q mamãe morre por um momento, ou nos dá a entender q ela morreu. Mamãe Tb narra esse capítulo e fala sobre seu estado de saúde física e mental e seus planos diante disso. Ela faz uma fala sobre o passado no presente e a interligação desses com o futuro, q resume td o q foi a narração desse livro: presente (sumiço  da mulher) cheio de passados (os familiares narravam td q tinham vivido com ela e as descobertas q iam sendo percebidas) q iam influenciar o futuro (retorno ou não da mulher). 
Esse livro foi gatilho, pra mim, com a questão da violência doméstica, principalmente a psicológica. E no q diz respeito à maternidade tb, com a questão da culpabilização (interna e externa) da mulher sobre a criação dos filhos. 
Só não dei mais nota pq o livro ficou mt confuso, em alguns momentos, como dá pra perceber nesta resenha, o q gerou um cansaço. Com certeza, gera a necessidade de releituras. É um livro denso, mas com questões literárias incríveis!! Foi indicação da Vanessa e agradeço por querer discuti-lo cmg! Uma experiência maravilhosa e de mtas reflexões!


Nenhum comentário:

Postar um comentário