Editora: José Olympio
Nota: 4/5
Gênero: romance (clássico)
O impacto dessa história já começa na primeira página e a segunda destrói o coração! Celie, a protagonista, é uma mulher preta e pobre, de uma cidade no interior dos EUA. Sofre estupro do padastro e tem a vida, quase inteira, vivida e marcada por mt sofrimento, humilhação, por situações q a anulava e a impediam de conhecer a si msm. O livro é uma espécie de diário (fictício), em q Celie escreve cartas pra Deus, pq ela diz q enquanto escreve não para de viver. Lá, ela coloca suas experiências, da maneira mais inocente, o q acaba deixando td mt triste; revela seus desejos; insatisfações; fala sobre a vida dos personagens q cruzam sua história; sobre sua relação com eles e, principalmente, com Shug Avery, sua salvação e perdição ao msm tempo. Depois, ela começa a escrever pra sua irmã, Nettie, q tinha fugido de casa, depois de Celie ter sido obrigada a casar, e tornou-se missionária na África.
A narrativa aborda mtas questões de violência contra mulher, mas a maioria delas não aceita essas imposições bizarras e lutam, morrem contra o sistema da época (início do séc. XX). Aborda ainda, de uma maneira simples e cotidiana a questão racial, gerando mtas reflexões impotantíssimas. Tem tb a pauta da sexualidade, da descoberta de si e a influência na descoberta alheia, essa abordagem se deu de forma fluida e tranquila, assim como qse toda situação no livro, talvez, pq fosse uma espécie de diário, n sei. Mas foi essa a impressão q tive, n tinha enrolação, nem tabus pra se falar das coisas.
Outro assunto envolvido na maior parte do livro é o da catequização, qnd Nettie contava em suas cartas sobre o trabalho missionário e os conflitos religiosos e culturais existentes nas aldeias, q N engoliram com facilidade a chegada de cristãos. Além disso, tinha a pauta da colonização e invasão de terras africanas, ela conta partes desse contexto e clarificar como as colonizações se deram.
Outra coisa q me toca mt e tem neste livro é a irmandade, o amor fraterno. Mt lindo o amor entre as irmãs. Teve ainda a questão do preconceito linguístico q me atrai demais e sobre a concepção sobre Deus. A visão q Shug tem sobre Deus é a coisa mais linda, e a q Celie tem é aquela mais comum e preconceituosa sobre ele, q o limita e é ilógica. Nettie Tb fala sobre isso em suas cartas e explica pq mudou a visão q tinha e q Deus estava em td e era mt mais do q poderíamos imaginar, q já ouvimos falar e ela descobriu isso com o trabalho missionário.
O final foi feliz, pelo menos, embora td se encaminhasse pra desgraça e aí tem um truque de indução literária, q eu caí, mas amei a surpresa. Foi perto do fim da vida de todos os envolvidos, mas deu certo.
No geral, a história é bem pesada, uma realidade, né? Mas é tb mt "aconchegante", tocante e íntima, eu curto isso. Leiam!!!
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