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sábado, 26 de dezembro de 2020

Os Bridgertons (1) - O duque e eu - Julia Quinn

 

Os Bridgertons (1): O duque e eu - Julia Quinn (290p. [L. 46. nov-2020])

Olhaaa.. Questões sobre esse livro rs.. Decidi ler por causa da série q ia estrear (já estreou) na Netflix. Amei os babados, a história do jornal de autoria anônima, inclusive, acho que deveria ser mais prolongada, são parágrafos ou espécies de manchetes apenas. Tb curti mt o humor dos personagens, irônicos, engraçados e meio ácidos. Daphne é a minha personagem favorita, por enquanto (pq são 8 livros e pretendo ler todos, Deus me ajude!).
Os Bridgertons são uma família poderosa, do séc. XVIII, cujo chefe de família faleceu e a mãe permaneceu cuidando dos 8 filhos com louvor. Cada livro fala sobre a história de um filho e este é sobre Daphne, a primeira mulher, mas a quarta dos filhos  do casal. Ela estava em idade de casar, seus irmãos atrasavam a vida dela e Anthony, o irmão mais velho, tinha um amigo "galinha", Simon, recomendado a nem olhar a sua irmã. E o q aconteceu?? Exatamente o oposto e aí começa a guerra entre eles. Os dois acabam casando. Então, só cresce o machismo. 
Uma coisa que me incomoda demais em romances de época é a questão do machismo. Isso me preocupa por acabar sendo um influenciador de perpetuação ou propagação dessas ações inaceitáveis. Na minha opinião, Daphne meio que implorou, "obrigou" Simon a casar com ela, depois do q ele fez.. Isso foi bem tenso de engolir. Fora as questões de casamento, do silenciamento da mulher e de suas obrigações sociais baseadas no machismo. 
Percebi que tenho mta intolerância a ler esse tipo de coisa e achar o livro perfeito, como mta gente acha.. E eu fiquei de cara com isso, mas acho q descobri o pq, aguarde o final da resenha. 
Tô na esperança de a versão de "Orgulho e preconceito" de Ibi Zoboi ser maravilhosa a respeito de romance de época. Ela narra a história com personagens pretos e suas vivências, a obra se chama "Orgulho". 
Os personagens seguem bem àqueles clichês de o q é coisa de mulher e o q é coisa de homem. Mulheres são inocentes; condescendentes; têm q lidar com o mau-humor masculino e ter estratégias pra isso; msm sendo maltratadas têm q engolir isso e agir como se nd tivesse acontecido pra q ele fique bem; além disso, elas são privadas de várias coisas, como informações, sexo e beijo antes do casamento, coisas q se deram opostamente aos direitos dos homens. Eles eram tremendos teimosos, eternas crianças, com um ego sem medida e uma possessividade por td sem tamanho. Isso me cansa. Aí vc vai dizer: "Ah, Fernanda, mas é romance de época, o q vc queria?!". Ok. Mas a autora é contemporânea, diferente da Jane Austen, né? Tem coisas q n têm q, n devem ser reproduzidas.
Senti falta de mais descrição sobre o noivado e o casamento, e outras cenas legais. Ouvi dizer q a Julia tem preguiça de escrever.. rs. Tive q concordar..
Um ponto q merece destaque: mulheres não são psicólogas de homens e n têm q ser responsáveis por eles emocionalmente. A clássica frase "preciso de vc", "minha vida sem vc não faz sentido" e coisas do tipo são os clichês q aprisionam mulheres em relacionamentos abusivos... Olha.. Eu n consigo ler esse tipo de coisa e pensar "ah, é apenas uma leitura fictícia", n dá, mores.
Enfim, acho q o realmente torna esse livro tão aclamado, pra algumas pessoas, são as cenas de sexo. Como o assunto ainda é um tabu na sociedade, qnd aparece, é o auge, um deslumbre.. Não me incomodo com cenas de sexo em literatura, pelo contrário, mas esse livro teve questões mais interessantes. Até pq, vale relembrar.. O duque sentiu o hímen se romper(??) , pesado, né, gnt? rs.. Pelo amor de deus! Socorroo!!

O quanto amei: 🖤🖤🖤

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