Pesquisar este blog

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Oréstia: Agamêmnon, Coéforas e Eumênides - Ésquilo

 

Oréstia: Agamêmnon, Coéforas e Eumênides - Ésquilo (200p. [L. 38. out - 2020])

Essa é uma trilogia clássica de tragédias da mitologia grega, de 548 a. C. Q eu tanto amoooo!! Tive que ler para a disciplina de Literatura Clássica II.
Chama-se "Oréstia" porque diz respeito a Orestes, assim como Odisseia, diz sobre Odisseu ou Ilíada sobre Íllion (tb chamada Troia). Orestes era filho de Agamenon e Clitemnestra (esses nomes da mitologia grega são ótimos!!), e será julgado por seus feitos, na última tragédia da trilogia, e lá, é instituído o tribunal, pela deusa Atena. Estão em jogo nessa trilogia, a verdade dos deuses, a verdade própria (da pessoa), a verdade dos homens e a verdade do Estado.
Como toda boa tragédia, as histórias se baseiam em maldições familiares, pela desmedida dos personagens (o exagero, o erro gravíssimo de algum humano); em vinganças, traições, q só acarretam mais maldições e mortes trágicas em histórias pesadas, mas viciantes.
Td começou com Pélops, avô de Agamenon e Menelau, grds guerreiros da Guerra de Troia, que matou um servo sem "motivo" e foi amaldiçoado por ele. Teve como filhos Atreu (pai dos 2 guerreiros) e Tiestes (pai de Egisto, q era amante de Clitemnestra). 
Então, Agamenon vai pagar por, pelo menos, 3 maldições: por ter sacrificado Ifigênia, sua filha, para acalmar a deusa Ártemis, o que revoltou sua esposa, Clitemnestra; por seu pai ter sido injusto com o irmão (Tiestes) e tê-lo feito comer os filhos sem saber; e pelo avô ter matado o servo. 
Clitemnestra se junta a Egisto e mata Agamenon e Cassandra, prêmio de Agamenon pela guerra (o que pode ter sido mais uma maldição, pois ela era uma espécie de sacerdotisa e foi violada no templo de Apolo). Essa trama que se desenrola em "Agamemnon")
Agamenon é vingado por seu filho, Orestes. Esse mata a mãe e seu amante (narrativa de "Coéforas", essas são as portadoras das oferendas). E Orestes é julgado se vai ser perturbado pelas Fúrias, seres que vingavam a vítima de morte cometida por parente (cuja narrativa se dá em "Eumênides" ["benevolentes"], nome dado às Fúrias, após o julgamento). 
Essa última é a que mais importa para a cultura grega e que traz influências para nós ainda hoje. Orestes, segundo seu destino e por ordem dos deuses, seria perturbado eternamente pelas Fúrias por ter matado sua mãe. Mas deseja "absolvição" dessa punição, pois alegava ter sido influenciado pelo deus Apolo, quem garantiu livrá-lo futuramente, caso, vingasse o pai. Ele alega ter sido "obrigado" a fazer isso, caso contrário, seria punido pelo deus. Então, Atena, deusa da justiça e da sabedoria, instituiu o tribunal.
Ela estabeleceu que o acusado falasse, Apolo foi sua "testemunha" e "advogado"; Corifeu defendeu Clitemnestra, e, a própria mulher, em forma de fantasma, se defendeu e reivindicou a ação dos deuses (até porque ela foi punida como mandava a regra e exigia igual tratamento ao filho); e, o que seria o júri, votaria a favor ou contra Orestes. Se desse empate, Orestes estaria livre. E qual foi o resultado?? Rs.. Não vou dar spoiller, né?!
Como tb n podia faltar nas tragédias gregas, mt machismo e bizarrices. E msm q a Grécia fosse super avançada nesse quesito, pra época, isso não deixou de existir, maaass.. Nada que me faça perder o amor, admiração e paixão pela mitologia grega. Além do mais, vemos de onde vêm os barracos, traições e vinganças literárias.

O quanto amei: 🖤🖤🖤🖤

Nenhum comentário:

Postar um comentário