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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

1968: um ano que não acabou - Zuenir Ventura


1968:  um ano que não acabou - Zuenir Ventura (p. 310 [L.21-mai/jul-2020])

Antes de mais nada, para ler este livro, é importante ter uma básica bagagem de referências, porque ele cita várias pessoas, teóricos, filmes, bibliografias, partindo do princípio de que conhecemos. Mas não impede que quem não conheça boa parte dessas referências não consiga entender o que ele apresenta, vale ressaltar que é uma apresentação brilhante!
Tenho esse livro há uns quase 7 anos na prateleira, queria ler, smp adiava demais e uma amiga, Narrinan, me instigou a ler e resolvemos discuti-lo juntas. Discutirmos o primeira parte e estamos de marcar uma live (de nós duas rs) para discutir as partes restantes.
Foi muito interessante o jeito de narrar do autor sobre o ano 1968. Ele contou aquele período como participante e relembrando os momentos como se estivesse entre amigos e me deu a sensação de que eu também era, pelo modo como ele nos inclui na narrativa.
O livro se divide em 4 partes, que descrevem o que rolou no tão fatídico ano de 1968, aqui no Brasil.. Que ano! As principais questões são a truculência do Estado e da segurança pública para lidar com manifestantes na já existente ditadura e efetivação dos Atos Institucionais (AIs). Neste ano, , foi instituído o AI-5, o pior de todos, mas, antes disso, mtas coisas aconteceram: mortes, "fake news", manifestações, acordos entre manifestantes e governantes, ameaças, desavenças, vazamentos de informações e mta violência.
Zuenir é engraçado, irônico e, algumas vezes e outras, parece "imparcial", mas, na vdd, é possível perceber claramente seu posicionamento.
Foi bem legal conhecer a vivência, nessa narrativa, de pessoas que hoje vemos como celebridades políticas e artísticas.
Adorei o quanto ele fala sobre o movimento estudantil, da força e iniciativa da juventude em busca da tão sonhada sociedade democrática ou comunista, do qnt os estudantes foram importantes nessa luta e encabeçaram esse movimento pelas justiças sociais.
Ao ler sobre história vejo o quanto certas coisas (essenciais para o bem-estar social e que deveriam mudar) não mudam, por exemplo, uma esquerda dividida, que acaba não conquistando poder por isso; a briga partidária, ao invés de se discutir medidas que transformem as desigualdades e as violações de direitos.

O quanto amei: 🖤🖤🖤🖤🖤

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