Mitologia nórdica - Neil Gaiman (288p. [L.14/abr-2020]
Não sei nem por onde começar a resenha desse livro! São muitas informações incríveis e a leitura foi perfeita!! Devorei esse livro em 3 dias e ainda fiz um glossário de 14 páginas com tudo que foi nomeado nessas narrativas (deuses, gigantes, objetos, mundos).
Eu sempre amei mitologia, porém era mais envolvida com a grega. Depois q vi a série "Vikings", a melhor série da minha vida, passei a ter interesse pela mitologia nórdica. E "os deuses" (rs) me proporcionaram o acesso a esse livro perfeito, por meio do meu cunhado! Alô, Felipe, obg! 😬
Eu sempre amei mitologia, porém era mais envolvida com a grega. Depois q vi a série "Vikings", a melhor série da minha vida, passei a ter interesse pela mitologia nórdica. E "os deuses" (rs) me proporcionaram o acesso a esse livro perfeito, por meio do meu cunhado! Alô, Felipe, obg! 😬
Na apresentação, o autor já afirma algo que me encanta na mitologia: "história, religião e mito se misturam". Isso é fascinante, não poderia haver combinação mais perfeita do que essa.
O autor narra as histórias dos deuses nórdicos, desde quando o mundo começou até o que se esperava ser o fim dele. Os capítulos se dividem sob os seguintes títulos:
"Os personagens"
Breve apresentação sobre os principais deuses da mitologia nórdica: Odin, o Pai de todos; Thor, o forjador de trovões; e Loki, o deus da trapaça.
"Antes do princípio e o que veio depois"
Explicação sobre como a natureza (céu, terra, mar) surgiram; o primeiro homem, Ask; e a primeira mulher, Embla, formados por Odin, que soprou a vida e seus irmãos, Vili, deu-lhes vontade humana, inteligência e motivação; e Ve, deu-lhes a forma humana, já que eram uma espécie de troncos trazidos pela maré.
"A Yggdrasill e os nove mundos"
Essa é a Árvore do mundo, tem suas raízes fincadas em 3 mundos e se alimenta de 3 poços. Nela, Odin se enforcou para sacrificar sua própria vida em troca de sabedoria. Os nove mundos são: Asgard (lar dos deuses Aesir [uma das clãs dos deuses]); Álfheim (morada dos elfos de luz); Nídavellir ou Svarthalfheim (lar do anões); Midgard (dos humanos); Jötunheim (dos gigantes); Vanaheim (mundo dos Vanir [outra clã de deuses]); Niflheim (mundo escuro, das brumas); Muspell (mundo das chamas) e Hel (mundo dos mortos sem honra de guerreiros).
"A cabeça de Mímir e o olho de Odin"
Odin foi até o seu tio Mímir, irmão de sua mãe, Bestla, para beber um pouco da água de seu poço, o do conhecimento. Em troca, seu tio pediu um de seus olhos, e ele o concedeu. Os Vanir, para vingar Hoenir, o novo rei, que só sabia ser rei se Mímir estivesse com ele, deceparam a cabeça do sábio. Ela foi entregue a Odin e este a preservou no poço.
"Os tesouros dos deuses"
Os anões faziam presentes extraordinários aos deuses de vez em quando. Por coincidência, dessa vez, uma armadilha de Loki contra Thor acabou fazendo com que beneficiasse Thor, ao invés de prejudicá-lo, como Loki pretendia. Loki cortou os lindos cabelos loiros da esposa de Thor, Sif. Thor exigiu que ele desse um jeito nisso, caso contrário, destruiria seus ossos todos os dias. Então Loki recorreu aos anões conhecidos como Brokk e Eitri, e a outros anões, conhecidos como "os filhos de Ivaldi". Assim, eles fizeram presentes para Odin, Frey e Thor, cada deus recebeu dois presentes, um desses foi o martelo de Thor, Mjölnir.
"O mestre construtor"
Os deuses estavam preocupados com a invasão dos gigantes, seus principais inimigos, em Asgard. Um estrangeiro apareceu e sugeriu construir um muro de proteção, em 3 estações, mas queria a mão de Freya em casamento, o Sol e a Lua. Então foi desafiado a construir em uma estação apenas e sem ajuda de ninguém, só de seu cavalo. E assim foi, os deuses não queriam cumprir com sua palavra, logo, Loki tratou de trapacear, se transformou em um égua e distraiu o cavalo do estrangeiro. O muro não ficou pronto no tempo combinado, o estrangeiro foi descoberto: era um gigante disfarçado. Não teve a mão de Freya, nem o Sol e a Lua.
"Os filhos de Loki"
Loki era casado com Sigyn e com ela teve Vali e Narvi. Tinha ainda como amante a gigante, Angrboda, e com ela teve Jörmungund, a serpente de Midgard; Hel, a governante do mundo dos mortos; e Fenrir, possuía forma de lobo, mas agia como humano.
"O casamento incomum de Freya"
O martelo de Thor foi roubado por um gigante e ele desejou, em troca da devolução do martelo, a mão de Freya. Thor foi disfarçado de Freya ao mundo dos gigantes , arrumado para casar. E foi um jantar muito divertido. E, óbvio, Thor não casou com o gigante e teve seu martelo de volta.
"O hidromel da poesia"
Kvásir, criado da saliva dos Aesir com dos Vanir, em sinal de conciliação entre os clãs, era conhecido como "o sábio", decidiu peregrinar pelos 9 mundos. Quando chegou ao mundo dos anões, encontrou com Fjalar e Galar, os quais o mataram e pegaram seu sangue para fazer um hidromel, bebida dos nórdicos, e ficou conhecido como "o hidromel da poesia", que passou a ser uma preciosidade conhecida em todos os mundos.
"Thor na terra dos gigantes"
"Thor na terra dos gigantes"
Na terra dos gigantes, Loki, Thjálfi e Thor foram desafiados a competir com gigantes. Loki disputou comer; Thjálfi, correr; e Thor, beber, lutar com a velha ama do Senhor do gigantes, Utgardaloki, e levantar o gato do gigante. Eles foram derrotados em tudo e quando se despediam para ir embora, Utgardaloki confessa que os iludiu, na verdade, o gigante que disputou com Loki era o fogo, que consome tudo mais rápido do que qualquer coisa; com Thjálfi era o pensamento, ninguém vence sua velocidade; e Thor bebeu a água do mar, lutou com a velhice e tentou levantar a serpente de Midgard. Isso fez com que os gigantes os temessem como nunca e para sempre.
"As maçãs da imortalidade"
Loki, Thor e Hoenir, o responsável por dar a razão aos humanos, em uma de suas missões, estavam famintos, encontraram bois e tentaram comê-los, mas o fogo não os consumia. Até que uma grande águia, sugeriu a solução, mas queria parte da comida, só que ela pegou muita coisa. Loki tentou detê-la, e quase morreu, suplicou por sua vida, em troca, a águia exigiu Iduna, a deusa imortalidade. Assim foi. Mas os deuses começaram a envelhecer e fizeram Loki buscá-la novamente, depois de descobrirem que ele era o culpado pelo sumiço de Iduna. Ele a raptou de volta e teve briga entre os deuses e os gigantes. A filha de Thiazi, o gigante que se disfarçou de águia, voltou para vingar seu pai e arrumou um casamento, com o pai de Frey.
"A história de Gerda e Frey"
Frey era quase perfeito e tinha tudo, além da consideração de todos, mas sentia que lhe faltava algo. Foi até o trono de Odin e observou os nove mundos. Avistou Gerda e a desejou. Pediu que seu mensageiro, Skínir, a buscasse para ele. Gerda aceitou e se casaram. Frey descobriu o que faltava. Ele deu sua espada, que lutava sozinha, ao seu mensageiro, o que lhe fez falta e custou sua vida no Ragnarök.
"A pescaria de Hymir e Thor"
Thor foi com Tyr à casa da mãe desse, no mundo dos gigantes, pegar o caldeirão, exigido por Aegir, o gigante do mar, a fim de lhes fazer um banquete. Ao chegarem, Thor foi apresentado por Tyr como Veor, pois ele era o maior inimigo dos gigantes, então deveria se disfarçar. Hymir, padrasto de Tyr, era o dono do caldeirão que fazia as melhores cervejas, logo, Thor e Tyr deveriam convencê-lo a entregar o caldeirão a eles. Thor foi desafiado a pescar com Hymir, depois, a quebrar sua caneca inquebrável, só assim poderia levar o caldeirão. E conseguiu.
"A morte de Balder"
Balder, filho de Odin e Frigga, o mais belo de Asgard e amado por todos, menos Loki, tinha pesadelos estranhos. Seu pai buscou saber seus significados pois temia suas consequências. Foi consultar a uma feiticeira morta, na qual Angrboda se disfarçou e disse que, em breve, ele estaria no mundo dos mortos. Frigga, ao saber disso, fez com que tudo que existisse, desde a natureza até os deuses, jurasse que não mataria seu filho. Assim o fizeram, mas ignorou um visco, trepadeira de outras árvores. E foi desse visco que Balder morreu, por intermédio de Loki. Odin sugeriu que alguém fosse até Hel resgatar Balder, Hermód se voluntariou e foi. Hel disse que o deixaria voltar à vida, se todos chorassem a morte de Balder, mas Loki, disfarçado de uma velha gigante, não o fez, impedindo o retorno do deus tão querido. Isso despertou a intolerância dos deuses.
"Os últimos dias de Loki"
Loki sabia que deveria estar com seus dias contados, então foi para uma montanha se esconder, vivia em uma cascata, em forma de salmão. Thor e Kvásir, o sábio, o capturaram e seus dias foram os piores até o Ragnarök, o fim de tudo. Presenciou a morte de seu filho sendo morto pelo irmão e suas vísceras serviram de correntes a Loki, preso na montanha. Além disso, a gigante Skady, pendurou uma serpente sobre ele, cujo veneno o queimava e a cada momento em que pegava em sua pele, havia um terremoto no mundo. Para aliviar um pouco tudo isso, Sigyn, a esposa de Loki, segurava uma tigela, em cima da cabeça dele para que o veneno não o atingisse, mas quando a tigela enchia, ela precisava jogar o veneno fora, e os terremotos aconteciam.
"Ragnarök: o destino final dos deuses"
A grande batalha final entre os deuses, gigantes, mortos e vivos. Quase todos os deuses morrerão, os mundos também serão destruídos. Alguns deuses vão "ressuscitar", os filhos de alguns sobreviverão e inaugurarão um novo mundo dos deuses, em cima de Asgard destruída. E o mito termina como qualquer outro com a impressão de que vai continuar, sem um fim, nos deixando o gostinho de "quero mais".
As narrativas mitológicas explicam muitas coisas sobre nossas culturas e costumes hj, além de ser um lugar em que a literatura existe de maneira encantadora, mágica, criativa e impressionante. A literatura clássica é base, ferramenta e, algumas vezes, modelo para a criação da literatura hoje. Os clássicos nunca morrem e são sempre novos a cada releitura, já dizia Ítalo Calvino.
As narrativas mitológicas explicam muitas coisas sobre nossas culturas e costumes hj, além de ser um lugar em que a literatura existe de maneira encantadora, mágica, criativa e impressionante. A literatura clássica é base, ferramenta e, algumas vezes, modelo para a criação da literatura hoje. Os clássicos nunca morrem e são sempre novos a cada releitura, já dizia Ítalo Calvino.
O quanto amei: 🖤🖤🖤🖤🖤
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