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quinta-feira, 12 de março de 2015

"Quando Nietzsche chorou" - Irvin D. Yalom



Livro perfeito!! Segundo melhor livro da minha vida!!

Super recomendo para quem gosta de psicanálise, psicologia, filosofia, clínica médica, quem quiser saber um pouquinho mais sobre enxaqueca (rs), pra quem curte a liberdade e a busca por ela, pra quem se interessa em se conhecer melhor, em entender um pouquinho sobre os seres humanos, "demasiado humano".
É uma ficção com personagens reais (pelo menos, a maioria), filósofos conhecidos e conceituados mundialmente. Lou Salomé, amiga de Nietzsche, procura o doutor Breuer para que seu amigo seja tratado com ele, por ter pensamentos e escritos suicidas. Porém, Nietzsche não aceita ajuda de jeito nenhum, então, o doutor deveria convidá-lo e de um modo sutil e articuloso. 
O doutor consegue tal proeza, sob a condição dele mesmo ser o paciente, pois via em Nietzsche a esperança para o fim de suas neuroses, que levavam seu casamento e sua vida de mal a pior. Então, Nietzsche, por meio da filosofia, contribui para a liberdade de Breuer e este, pela medicina e a psicanálise (a grosso modo, estudo aprofundado sobre as causas de uma doença biológica, não apenas sob a ótica da biologia em si. Porque existem doenças físicas causadas por problemas psicológicos), que nem havia sido descoberta ainda, amenizava as crises de enxaqueca de Nietzsche e tentava descobrir se realmente tinha indícios suicidas, a fim de que esses problemas fossem sanados.
Breuer contava com a ajuda do jovem Sigmund Freud, seu amigo, estudante de medicina, com o qual reciclava seus conhecimentos e descobria novos. Breuer era casado, tinha 4 filhos, mantinha seu casamento por questão social, pois guardava uma paixão por sua ex paciente, com a qual tinha sonhos perturbadores toda noite, além de conviver com a dúvida de uma suposta vontade de se relacionar com ele que sua ex secretária tinha e, mais tarde ter sido atraído por Lou Salomé. Não! Ele não era um pervertido.. Só tinha problemas mal resolvidos.
Nietzsche era solitário, tinha mãe e irmã, mas vivia como nômade, pois não queria se apegar a nada nem a ninguém, especialmente após ter se decepcionado com Lou Salomé e Paul, seu amigo. Os três viviam meio que um triângulo amoroso, mas nada oficializado dessa forma. Lou era o tipo de mulher que achava casamento uma prisão, tinha ideias super feministas e avançadas para a época, era decidida, segura e desafiadora, o que chamava a atenção dos homens e os fazia apaixonar por ela com grande facilidade.
A maior parte do livro é sobre as consultas entre Nietzsche e Breuer,suposições,descobertas, confissões entre eles, encontros de Lou com Breuer para saber de Nietzche, porém os dois homens tinham acordado sigilo e isso causou confusão para Lou. 
Nietzsche foi aceitando o tratamento aos poucos, internou-se numa clínica sugerida por Breuer, grandes descobertas aconteceram e as coisas mudaram na vida dos dois.
As conversas contêm muito de filosofia, o que torna a história interessante e desperta o desejo de saber o fim dessa"trama".

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