Como disse a assistente social, Rita de Cássia de Carvalho, em uma palestra, no dia 7 de março de 2013, este dia não tem que ser lembrado apenas com o ato de presentear com rosas ou algo do tipo, com abraços ou um "feliz dia da mulher", e acrescento, com festas, shows promovidos pelos governantes e políticos.
Este dia deve ser lembrado como o dia em que, aproximadamente, 130 guerreiras lutaram, morreram carbonizadas dentro de uma fábrica de tecidos, em 1857, nos Estados Unidos, por melhores condições trabalhistas e de vida social enquanto mulheres. Após esse marco, muitas mulheres lutaram por independência, emancipação, por direitos justos, contra violências, explorações, submissões machistas. Mulheres que conquistaram seus espaços contra a vontade de muitos, mas perseveraram e venceram por elas e por outras. Ainda hoje, existem mulheres que lutam em favor dessas causas, morrem, perdem filhos, como na ditadura militar, por tortura, porém, como de praxe, não há divulgação desses fatos. Isso se justifica pela fala frequente da subsecretária de políticas para mulheres, Ângela Fontes, que a mídia é o "PIG", Partido da Imprensa Golpista, ou seja, só mostra o que ela quer e, infelizmente, é o meio que mais influencia a sociedade.
E que, ao refletimos sobre isto, queiramos continuar essa luta, não apenas pelas mulheres que lutaram e conquistaram para nós, mas também para as que existirão. Mesmo que sua participação não seja em grandes movimentos de mulheres, passeatas, em conselhos, congressos, em espaços que tenham que "dar a cara pra bater" - não isento aqui a necessidade e a importância da participação nesses espaços, mas que, ao menos, não sejamos omissxs diante da violência contra a mulher, que não sejamos machistas na educação de nossos filhos, sobrinhos, alunos, nas conversas com nossos amigos, em nossas posturas diante da vida e que sempre valorizemos o que as outras lutaram por nós e que hoje usufruímos, muitas vezes, sem pensar que, um dia, alguém sofreu para que tivéssemos.
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