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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Desafio Leia Mulheres (julho): "A liberdade é uma luta constante" - Angela Davis

 


Desafio Leia Mulheres mês de julho - Clássico
A liberdade é uma luta constante - Angela Davis (144p. [L.27-ago-2020])

Q U E  M U L H E R !!! Foi uma honra conhecê-la e de uma forma tão "descontraída". Este livro contém 9 entrevistas dispostas em jornais e realizadas por meio de congressos. Ela responde a perguntas referentes à sua vida e sua participação política e social. 
Suas principais frentes de luta são o feminismo negro e a igualdade social. Angela acredita que é necessário mecanismos como a interseccionalidade, a erradicação das prisões e o engajado movimento das massas para que as opressões deixem de existir e as pessoas vivam a igualdade plenamente. 
Ela fala sobre as estratégias de luta e conquista dos objetivos que acha justos de uma maneira mt prática e acessível, msm q não seja fácil. Como ex-integrante do Partido  Comunista e do Partido Panteras Negras teve (e tem) bastante experiência com movimentos sociais, luta por direito, bem como contra a violência, as injustiças e truculências do Estado e seu braço forte, a polícia militar.
Este livro é um daqueles necessários na prateleira para consulta frequente. Davis nos ensina os caminhos pra eliminarmos desigualdades; nos aponta os erros ocorridos nos governos democráticos dos EUA e que contribuem para os atrasos e retrocessos atuais, no que diz respeito à execução de direitos já conquistados e validados legalmente; traz o conhecimento sobre os projetos de prisão, seu contexto histórico, a G4S (uma das maiores empresas privadas do mundo de encarceramento e segurança de artistas); e cita bastante a Palestina e seus mecanismos de segurança, aprisionamento, guerra e a sua influência nos demais sistemas carcerários e de treinamento em todos os países do Brasil.
A autora enfatiza smp que a escravidão precisa ter um fim, a abolição precisa ser efetiva, os discursos punitivistas precisam ser superados e, concomitante a isso, o racismo deve acabar. Pensar nisso, nos faz retomar a questão da interseccionalidade (as diferenças, as singularidades do ser humano), do decolonialismo (história contada pelo "perdedor", pela "vítima") tão necessários nos dias de hoje, mas tão desvalorizados e ridicularizados pelos fascistas de plantão, cada dia mais crescentes, alegando que "todos somos importantes", como se olhar as diferenças não fosse imprescindível para que todos acessem aos direitos. Ela faz questão de, a todo tempo, citar as "minorias" e as diferenças que precisam ser olhadas, planejadas e que se garanta direitos de forma diferente tb.
Angela Davis é mais uma referência de mulher negra feminista, ativista e preocupada com as desigualdades sociais e humanos. 

O quanto amei: 🖤🖤🖤🖤🖤

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