Eu sou apaixonada por mitologia, ainda mais a grega! Então foi uma leitura bem tranquila. Para alguns, "Antígona" é parte de uma trilogia (Édipo rei; Édipo em Colono; Antígona), pois conta a história da família e são todas da autoria de Sófocles, porém não é, pois não existiu essa intenção vinda de continuidade vinda do autor, e não escreveu as tragédias nessa ordem. No entanto, na minha opinião, funcionaria muito bem :-)
O mito tem Antígona como protagonista, filha de Édipo. A trama se dá em torno da própria querendo cumprir uma lei divina, de enterrar seu irmão e fazer suas honras fúnebres, porém, fazendo isto, ela violaria a lei criada por Creonte, seu tio, atual rei da cidade de Tebas.
(Contextualizando...) Polinices e Etéocles eram os irmãos de Antígona e Ismene, todos filhos de Édipo e Jocasta. Eles se revesavam no reinado, um ano sim outro não. O segundo reinou seu ano e, no ano seguinte não queria entregar o trono ao primeiro, então, este montou um exército, guerreou contra seu próprio irmão e seu povo. Os dois morrem na batalha. Aí, começa o enredo.. Creonte achou um desaforo e total desrespeito o que Polinices fez, assim, proibiu qualquer honra fúnebre a ele, no entanto, quem o fizesse seria devidamente punido.
Antígona preferia respeitar a ordem dos deuses do que de seu tio, tirano, fazendo o que ele achava que devia, e não era uma decisão popular. Isso custaria a sua vida, mas ela não se importava, sua honra estava em agradar aos deuses, morrer, se fosse o caso, mas era essa sua preferência. O que indignou Creonte, por ele ser o rei, tio dela e homem, sentiu seu ego ferido e desacatado.
É um mito curtinho e se desenrola no julgamento de Antígona e sua punição por ter desrespeitado a ordem do rei, que não se importava com o abuso de poder que exercia, só queria cumprir sua palavra diante do povo.
Eu amo essa tragédia, pois ela traz questões sobre o machismo, mesmo que esse conceito não fosse reconhecido e entendido na época, além disso, protagoniza uma mulher corajosa, determinada, para muitos, arrogante, prepotente, mas, para outros, "revolucionária".
Um abraço! Leia mitologia grega *...*
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