Não tem nada de terror!!
Este livro contém 6 contos de mistérios psicológicos, sobre os quais comentarei a seguir.
O caçador de besouros
O narrador é o protagonista do conto. Recém-formado em medicina, à procura de um emprego, vê no jornal um anúncio que o interessa, mas achou que suas exigências eram estranhas mesmo que ele se encaixasse nelas. O candidato deveria ser alto, robusto e se sair bem em situações inesperadas, além disso, era necessário que fosse especialista em besouros.
Quem o contratou foi o cunhado do paciente, este nem sabia que precisava de um médico e que receberia um. O paciente era colecionador de besouros, então, seu cunhado usou essa estratégia para que um médico se aproximasse do doente.
O cunhado e o médico viajaram até a casa do paciente e lá, o último descobriu o porquê das exigências no anúncio, foram realmente situações inusitadas e justificáveis para a necessidade de internação, a qual era o objetivo do cunhado.
O homem dos relógios
Neste conto, o narrador conta a história de um homem que possuía, aparentemente, uma coleção de relógios de bolso, foi assassinado em um trem, por um tiro no coração. O mistério da narração é: este homem não foi visto entrando no trem, não possuía o bilhete de passagem, foi encontrado no quarto em que estava hospedado um casal, que sumiu do trem. Vale ressaltar que na única parada que o trem fez ninguém subiu ou desceu. Várias hipóteses foram levantadas, porém, apenas uma se aproximou da real. E a moral da história foi: Até que ponto a verdade deve ser escondida para dar uma segunda chance a quem se arrepende?
A caixa de charão
O narrador é o protagonista do conto. Ele se torna o preceptor (responsável por dar instruções e preceitos) de dois meninos que moravam num castelo e tinham um pai muito misterioso, que se chamava Bollamore. Este era carrancudo, sua aparência causava medo, viúvo, ninguém entrava em sua biblioteca e possuía uma caixa de charão que ninguém ousava tocar, porque ele não dava permissão. A senhora que limpava a biblioteca era a única que tinha permissão para entrar e foi demitida por limpar a misteriosa caixa. Onde Bollamore ia, levava consigo a caixa.
Antes de se casar era alcoólatra, o que o fez ser conhecido como "Diabo Bollamore", mas encontrou sua esposa e tudo mudou, ela o fez mudar como pessoa. Entretanto, ela adoeceu, assim, temeu que com a sua morte ele retornasse aos velhos e péssimos hábitos. Isso não aconteceu. E ninguém sabia o que o levava a não retornar a eles.
Todas as noites ouvia-se gritos e súplicas de uma mulher pedindo socorro. Isso era pavoroso aos funcionários do castelo, até porque ninguém via mulher alguma adentrar o lugar durante todo o dia. Então, o preceptor se dispôs a descobrir o que acontecia e dentro da caixa estava o segredo.
Doutor negro
O autor conta a história de um médico que era apaixonado por uma moça e que por razões desconhecidas, embora diversas razões tenham sido sugeridas pelo povo, terminou seu noivado, o que causou muito sofrimento a noiva e a revolta de seu irmão contra o doutor.
Uma noite a governanta da casa ouviu um barulho que vinha da sala de atendimento do doutor. Assustada, foi imediatamente ao seu encontro, bateu na porta e o doutor, rispidamente, o que não era comum, ordenou-a que saísse de lá, assim ela fez. Mais tarde, uma paciente foi ao seu encontro pois seu marido passava mal, viu a luz acessa pela brecha da porta e o chamou, mas não obteve resposta. Pelo caminho, a paciente viu o cunhado do médico que o esperava numa moita. Todos conheciam sua desavença com ele.
No dia seguinte, a paciente voltou lá, a luz ainda estava acesa, insistiu em chamá-lo e pela brecha da janela viu que o doutor estava morto. A investigação chegou e o principal suspeito foi o cunhado, este foi preso. Durante o interrogatório, muitos foram ouvidos, mas o depoimento da ex noiva foi determinante. Disse que seu irmão não era o assassino e para salvá-lo, confessou que o doutor não estava morto. Vale ressaltar que os amigos mais íntimos reconheceram o corpo, porém o inimaginável aconteceu.
A relíquia judaica
O narrador conta a história de um amigo, da qual ele fez parte. Um arqueólogo oriental encontrara diversos utensílios usados na época em que existiam templos e sacerdotes, antes do surgimento de Cristo. Entre eles estava o Urim e Tumim, uma espécie de placa com 12 pedras preciosas, localizada no peitoral do sacerdote, este obtinha respostas de Deus pelo Urim e Tumim.
Esse arqueólogo era responsável por um museu e ia passar responsabilidade ao amigo do narrador. Porém, na noite de comemoração da posse, o novo responsável pelo museu fez questão de que seu amigo não fosse embora, pois queria lhe mostrar a carta anônima que recebera com o intuito de reforçar a guarda no museu. Discutiram a esse respeito e chegaram a conclusão de que poderia ser o próprio arqueólogo, o que parecia contraditório, já que há tantos anos cuidou com tanto zelo daquele local e suas relíquias.
No dia seguinte, a placa de Urim e Tumim estava degradada. No outro dia, outra parte da placa teve a mesma alteração e na terceira noite os amigos decidiram por si só espionar quem era realmente o autor de tais atos. Assim foi, e o descobriram, porém ele não era o real culpado e no assunto foi colocada uma pedra, após relato do flagrado.
Eis as questões do conto: um pai é capaz de fazer loucuras para que uma filha seja feliz e o amor verdadeiro regenera pessoas.
A sala do pavor
Esse foi o conto mais divertido!! Fechou o livro com chave de ouro.
Nessa sala uma bela e encantadora mulher lê uma carta que a denuncia, graças a sua reação, por estar apaixonada por um homem. Nesse instante, seu marido entra na sala, ela rapidamente esconde a carta entre os seios e ele adentra questionando por que ela queria envenená-lo. Ela fica sem reação tenta desmentir, todavia, ele é mais rápido. Diz que viu o maldito em sua penteadeira, fez exames que constaram a presença dele em seu sangue. Ela continua sem saber o que fazer. Ele vê a carta que ficou mal escondida entre os seios dela e lê. Descobre que o amante era seu amigo, Campbell, e que a estratégia de matá-lo era unicamente da mulher.
Enquanto discutiam a governanta bateu na porta, informa que Campbell estava lá, então, ele mandou que o amigo entrasse na sala mesmo contra a vontade dela. Quando ele entrou, o traído confessou que já sabia de tudo e que essa não era uma estratégia para que o amante se entregasse. Fez a mulher decidir com quem ia ficar e o que não fosse escolhido deveria tomar o veneno e a mulher não sabia o que fazer, a essa altura o desespero tomava conta de si.
Então, o traído sugeriu que o amante tomasse e ele entendeu que seria melhor, assim, o fez e a mulher entrou em pânico. No entanto, os três olharam para uma quarta pessoa que estava dentro da sala que interrompeu a cena e, assim, se descobre o fim do conto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário