No ano de 2019, li 34 livros, fazendo as contas, nem eu acreditei. Bati o recorde da vida! Segue a listinha.
Janeiro
- Bíblia em ação: a história da salvação do mundo (Sérgio Carrielo)
- O recomeço (Gleise Sátiro)
- Antígona (Sófocles)
Fevereiro
- Armadilhas ficcionais: modos de desarmar (Carlinda Fragale Nunez [Org.])
- Persépolis (Marjane Satapri)
Março
- Tropical sol da liberdade (Ana Maria Machado)
- Ética socioambiental (Josafá Carlos de Siqueira)
- As melhores piadas do planeta e da casseta também (Bussunda e outros)
Abril
- Eu sou Malala Yousafzai (Malala Yousafzai; Christina Lamb)
- A importância do ato de ler (Paulo Freire)
Maio
- Mil pedaços de você (Cláudia Gray)
Junho
- A confissão de Lúcio (Mário de Sá Carneiro)
- Laços de família - Contos (Clarice Lispector)
Julho
- O amor como revolução (Pastor Henrique Vieira)
- O lado bom da vida (Mathew Quick)
- A primavera das chagas (Ana Carolina de Assis)
Até aqui, todos os livros estão com resenhas no blog, exceto "O amor como revolução". Comecei a fazer, mas não terminei. Então, em breve, vou postar.
Dos livros a seguir não tive tempo pra fazer as resenhas :) Mas vou colocar um breve resumo, quem se interessar por algum, faço uma resenha ou podemos trocar ideia.
Agosto
- Um teto todo seu (Virgínia Wolf)
Ensaio (gênero literário) da autora para inspirar as mulheres a escreverem. É meio que um manual do que elas precisam pra isso. Virgínia foi convidada a falar em uma palestra sobre "mulher e ficção", destaca as condições sociais da mulher para a produção literária e faz um trabalho de pesquisa brilhante, que cita em seu trabalho.
Ensaio (gênero literário) da autora para inspirar as mulheres a escreverem. É meio que um manual do que elas precisam pra isso. Virgínia foi convidada a falar em uma palestra sobre "mulher e ficção", destaca as condições sociais da mulher para a produção literária e faz um trabalho de pesquisa brilhante, que cita em seu trabalho.
- Iracema (José de Alencar)
Romance (gênero literário) da literatura clássica brasileira que fez parte de um projeto de construção da nacionalidade do país. O autor descreve a fauna e a flora do Brasil de uma maneira muito poética e simbólica, bem como a história romântica entre Iracema e Martin, que representavam o Brasil e os portugueses. O enredo se dá entre invasão, brigas, paixão, submissão e termina com morte e miscigenação (mistura de povos, etnias diferentes).
Romance (gênero literário) da literatura clássica brasileira que fez parte de um projeto de construção da nacionalidade do país. O autor descreve a fauna e a flora do Brasil de uma maneira muito poética e simbólica, bem como a história romântica entre Iracema e Martin, que representavam o Brasil e os portugueses. O enredo se dá entre invasão, brigas, paixão, submissão e termina com morte e miscigenação (mistura de povos, etnias diferentes).
- Lucíola (José de Alencar)
Romance urbanista que descreve as relações e os costumes da época. Parece crítico, porque Lúcia era uma meretriz, é retratada como uma mulher bem-sucedida e dona de si, mas, na verdade, não é bem isso, pois o final dela acaba trágico.
Setembro
Neste mês foi só literatura grega *...*
Vale destacar que todas as literaturas clássicas citadas aqui são escritas, como conhecemos hoje, em formato de peças, pois eram apresentadas no teatro grego para educar a população.
Neste mês foi só literatura grega *...*
Vale destacar que todas as literaturas clássicas citadas aqui são escritas, como conhecemos hoje, em formato de peças, pois eram apresentadas no teatro grego para educar a população.
- Filoctétis (Eurípides)
Filoctétis é um dos filhos de Aquiles, abandonado em uma gruta, machucado para que fosse morto. Ele tinha o direito de ficar com as armas do pai, o que, segundo o costume, garantia ao novo detentor das armas a mesma fama do antigo. Mas, de acordo com uma profecia, venceria a guerra de Troia quem tivesse as armas de Aquiles, então, seu irmão, Neoptólemo, sob a influência de Odisseu, vai ao encontro de Filoctétis e tenta roubar as armas. Uma narrativas de surpesas e dramas.
- Édipo em Colono (Sófocles)
Essa tragédia (gênero literário da Grécia clássica) descreve como foi o exílio de Édipo, de Tebas para Colono. Antígona, sua filha, cuida dele lá, pois estava cego. Algumas histórias se desenrolam, como a busca dos seus filhos por apoio para reinar em Tebas. É uma narrativa de muito lamento do protagonista por todo estrago que o destino lhe reservou.
Filoctétis é um dos filhos de Aquiles, abandonado em uma gruta, machucado para que fosse morto. Ele tinha o direito de ficar com as armas do pai, o que, segundo o costume, garantia ao novo detentor das armas a mesma fama do antigo. Mas, de acordo com uma profecia, venceria a guerra de Troia quem tivesse as armas de Aquiles, então, seu irmão, Neoptólemo, sob a influência de Odisseu, vai ao encontro de Filoctétis e tenta roubar as armas. Uma narrativas de surpesas e dramas.
- Édipo em Colono (Sófocles)
Essa tragédia (gênero literário da Grécia clássica) descreve como foi o exílio de Édipo, de Tebas para Colono. Antígona, sua filha, cuida dele lá, pois estava cego. Algumas histórias se desenrolam, como a busca dos seus filhos por apoio para reinar em Tebas. É uma narrativa de muito lamento do protagonista por todo estrago que o destino lhe reservou.
- Medeia (Eurípides)
Essa é uma das minhas preferidas!! Medeia era uma feiticeira, abandonou sua terra e sua família por amor a Jasão, partiram para a cidade dele. Seu marido a usou e jogou fora, mas ela não deixou barato.. E que vingança, senhores! Medeia é um ícone de mulher, ainda mais pra época.
Essa é uma das minhas preferidas!! Medeia era uma feiticeira, abandonou sua terra e sua família por amor a Jasão, partiram para a cidade dele. Seu marido a usou e jogou fora, mas ela não deixou barato.. E que vingança, senhores! Medeia é um ícone de mulher, ainda mais pra época.
- As troianas (Eurípides)
Essa é uma tragédia linda! <3 Mas pesada também. A história narra o destino das mulheres troianas, depois que os troianos perderam a guerra. É muito triste e forte. Hécuba, a rainha de Troia, esposa do rei Príamo, é a protagonista da história e se torna um marco na literatura grega. Helena, pivô da Guerra, segundo os guerreiros, também aparece na trama, tenta se defender das acusações da rainha, julgadas por Menelau, marido de Helena. Hécuba, bem como todas as troianas, teve um final muito triste e dramático.
Essa é uma tragédia linda! <3 Mas pesada também. A história narra o destino das mulheres troianas, depois que os troianos perderam a guerra. É muito triste e forte. Hécuba, a rainha de Troia, esposa do rei Príamo, é a protagonista da história e se torna um marco na literatura grega. Helena, pivô da Guerra, segundo os guerreiros, também aparece na trama, tenta se defender das acusações da rainha, julgadas por Menelau, marido de Helena. Hécuba, bem como todas as troianas, teve um final muito triste e dramático.
Outubro
- Helena (Eurípides)
Também uma das minhas tragédias favoritas. Única tragédia em que Helena é bem-vista em uma narrativa, ela é estrategista, inteligente, fiel ao marido, leal, dentre outras coisas. O autor descreve que Helena não foi à Troia, ficou no Egito durante toda a guerra, e quem realmente estava lá era uma espécie de "fantasma", uma outra Helena, seu duplo. É incrível!
Também uma das minhas tragédias favoritas. Única tragédia em que Helena é bem-vista em uma narrativa, ela é estrategista, inteligente, fiel ao marido, leal, dentre outras coisas. O autor descreve que Helena não foi à Troia, ficou no Egito durante toda a guerra, e quem realmente estava lá era uma espécie de "fantasma", uma outra Helena, seu duplo. É incrível!
- A greve dos sexos - Lisístrata (Aristófanes)
Essa narrativa é uma comédia (outro gênero literário da Grécia clássica). Como toda comédia da época, tinha a intenção de ensinar os gregos, mas por meio do deboche, do absurdo. N'A greve dos sexos, Lisístrata era a "líder" das mulheres. Elas se reuniram pra pensar em uma estratégia de acabar com a guerra e decidiram não fazer mais sexo até que seus maridos abrissem mão da guerra. É realmente cômico o desfecho dessa história.
Essa narrativa é uma comédia (outro gênero literário da Grécia clássica). Como toda comédia da época, tinha a intenção de ensinar os gregos, mas por meio do deboche, do absurdo. N'A greve dos sexos, Lisístrata era a "líder" das mulheres. Elas se reuniram pra pensar em uma estratégia de acabar com a guerra e decidiram não fazer mais sexo até que seus maridos abrissem mão da guerra. É realmente cômico o desfecho dessa história.
Novembro
- Helena: o o eterno feminino (Junito de Souza Brandão)
Este é um texto teórico-crítico sobre o feminino na literatura e na sociedade grega clássica por meio, principalmente, de Helena, mas exemplifica as mais diversas mulheres da literatura e da vida real, nestas eram raras. Um livro apaixonante, muito esclarecedor a respeito de preconceitos com mulheres que tiveram origem na sociedade antiga ou já existiam antes e que são bem fortes até hoje. O autor faz uma pesquisa incrível sobre a vida não só de mulheres, mas dos homens também, e apresenta seu estudo de uma maneira simples, curiosa e atrativa.
Este é um texto teórico-crítico sobre o feminino na literatura e na sociedade grega clássica por meio, principalmente, de Helena, mas exemplifica as mais diversas mulheres da literatura e da vida real, nestas eram raras. Um livro apaixonante, muito esclarecedor a respeito de preconceitos com mulheres que tiveram origem na sociedade antiga ou já existiam antes e que são bem fortes até hoje. O autor faz uma pesquisa incrível sobre a vida não só de mulheres, mas dos homens também, e apresenta seu estudo de uma maneira simples, curiosa e atrativa.
- Desmedeia (Denise Stoklos)
Essa é uma "releitura" contemporânea (recente, atual) sobre a obra Medeia. Uma crítica ao governo da época, década de 1990, na qual a autora chama o público a se dar um outro final, dando um final diferente pra Medeia nessa narrativa. Muito bom!!
Essa é uma "releitura" contemporânea (recente, atual) sobre a obra Medeia. Uma crítica ao governo da época, década de 1990, na qual a autora chama o público a se dar um outro final, dando um final diferente pra Medeia nessa narrativa. Muito bom!!
- Macário (Álvares de Azevedo)
Esse é um clássico da literatura brasileira. Uma peça teatral que criticava costumes da época e tinha características do romantismo, período literário da em questão no momento. A narrativa é uma conversa entre Macário, um jovem; Penseroso, que representava o bem, mas falava coisas ruins; e Satã, que representava mal, mas era o sensato da história. Eles conversaram sobre o amor. É um drama só. O autor usa a referência de vários filósofos, poetas e literaturas. É bom ter uma ideia de quem sejam pra entender melhor a história.
Esse é um clássico da literatura brasileira. Uma peça teatral que criticava costumes da época e tinha características do romantismo, período literário da em questão no momento. A narrativa é uma conversa entre Macário, um jovem; Penseroso, que representava o bem, mas falava coisas ruins; e Satã, que representava mal, mas era o sensato da história. Eles conversaram sobre o amor. É um drama só. O autor usa a referência de vários filósofos, poetas e literaturas. É bom ter uma ideia de quem sejam pra entender melhor a história.
- O cortiço (Aluísio de Azevedo)
Essa obra é espetacular! É um quase um livro de História. Conta sobre como funcionavam os cortiços no Rio de Janeiro. João Romão, o "síndico", quer enriquecer a todo custo e no final da história ele alcança seu objetivo, mas cometendo o cúmulo da bizarrice.
Essa obra é espetacular! É um quase um livro de História. Conta sobre como funcionavam os cortiços no Rio de Janeiro. João Romão, o "síndico", quer enriquecer a todo custo e no final da história ele alcança seu objetivo, mas cometendo o cúmulo da bizarrice.
As histórias do cotidiano dos moradores são muito boas, cheia de mistérios, confusão, violência, pobreza. As mulheres eram lavadeiras e os homens trabalhavam na pedreira. Ler textos de críticos literários sobre este livro é perfeito!
Dezembro
- Como esquecer (Myriam Campelo)
A história é sobre uma professora universitária de literatura americana que separou, foi "abandonada" pela namorada e passa o livro inteiro sofrendo por isso. Ela mora com um amigo, cujo companheiro faleceu. Ele leva outra menina pra morar com eles, esta tem uma prima que mexe com Júlia, a professora, mas não rola nada entre elas. O enredo se desenrola com esse sofrimento pós-término e a tentativa de se viver uma vida a diante disso.
A história é sobre uma professora universitária de literatura americana que separou, foi "abandonada" pela namorada e passa o livro inteiro sofrendo por isso. Ela mora com um amigo, cujo companheiro faleceu. Ele leva outra menina pra morar com eles, esta tem uma prima que mexe com Júlia, a professora, mas não rola nada entre elas. O enredo se desenrola com esse sofrimento pós-término e a tentativa de se viver uma vida a diante disso.
- A bruxa não vai para a fogueira neste livro (Amanda Lovelace)
Esse livro é uma coisa perfeita!! É um livro de poesias. Com temática sobre mulheres, violência, feminismo, machismo, empoderamento. As poesias explicam exatamente o que uma mulher sente, pensa e vive esse machismo diário. Mt bom!
Esse livro é uma coisa perfeita!! É um livro de poesias. Com temática sobre mulheres, violência, feminismo, machismo, empoderamento. As poesias explicam exatamente o que uma mulher sente, pensa e vive esse machismo diário. Mt bom!
- História da bruxaria (Jeffrey Russel; Brooks Alexander)
Esse livro foi incrível. Esclarece os primórdios das confusões e preconceitos sobre a bruxaria, a história, as definições e diferenciações de termos gerados por ela ou não. Apresenta ainda o viés do feminino nessa "arte" que se tornou religião e as influências e contribuições da bruxaria em todas as religiões.
Esse livro foi incrível. Esclarece os primórdios das confusões e preconceitos sobre a bruxaria, a história, as definições e diferenciações de termos gerados por ela ou não. Apresenta ainda o viés do feminino nessa "arte" que se tornou religião e as influências e contribuições da bruxaria em todas as religiões.
* Livros lidos em mais de um mês ao longo do ano
- Geo-história do português: estudos sobre a história e geografia do português na perspectiva brasileira (Claudio Cezar Henriques) - [mar-jul]
Este livro é um estudo de um professor da UERJ e seus alunos a respeito da origem e "evoluções" da língua portuguesa, suas influências e transformações, de acordo com o tempo e determinadas regiões. É um ótimo mecanismo de estudo sobre o assunto, tem uma linguagem mt acessível, lista de exercícios e chaves de respostas, além de diversas referências para aprofundamento.
Este livro é um estudo de um professor da UERJ e seus alunos a respeito da origem e "evoluções" da língua portuguesa, suas influências e transformações, de acordo com o tempo e determinadas regiões. É um ótimo mecanismo de estudo sobre o assunto, tem uma linguagem mt acessível, lista de exercícios e chaves de respostas, além de diversas referências para aprofundamento.
- Ilíada (Homero - Tradução Carlos Alberto Nunes) - [ago-nov]
Clássico da literatura grega, a bíblia da literatura. Narrativa sobre a Guerra de Troia, causada, pra alguns por Helena, e por outros por Afrodite, a deusa do amor e da beleza. A culpa é de Helena pois ela era linda demais, o que fez com que os guerreiros lutassem por ela e Páris raptá-la. Mas Afrodite, Hera e Atena, sob influencia de Éris (deusa da discórdia), que, por vingança, disse que daria a maça de ouro para a mulher mais linda, questionaram Páris sobre quem era a deusa mais bonita, cada uma ofereceu a ele algo. A primeira ofereceu a mulher mais linda, Helena, caso fosse escolhida; a segunda, ofereceu reino e poder; a terceira, sabedoria e habilidade na guerra. Páris escolheu a primeira, mas Helena era casada com Menelau. Então, ele a raptou e guerra foi instaurada pelo resgate de Helena. Ilíada conta a história dessa guerra, em que o guerreiro Aquiles é o protagonista da narrativa.
Clássico da literatura grega, a bíblia da literatura. Narrativa sobre a Guerra de Troia, causada, pra alguns por Helena, e por outros por Afrodite, a deusa do amor e da beleza. A culpa é de Helena pois ela era linda demais, o que fez com que os guerreiros lutassem por ela e Páris raptá-la. Mas Afrodite, Hera e Atena, sob influencia de Éris (deusa da discórdia), que, por vingança, disse que daria a maça de ouro para a mulher mais linda, questionaram Páris sobre quem era a deusa mais bonita, cada uma ofereceu a ele algo. A primeira ofereceu a mulher mais linda, Helena, caso fosse escolhida; a segunda, ofereceu reino e poder; a terceira, sabedoria e habilidade na guerra. Páris escolheu a primeira, mas Helena era casada com Menelau. Então, ele a raptou e guerra foi instaurada pelo resgate de Helena. Ilíada conta a história dessa guerra, em que o guerreiro Aquiles é o protagonista da narrativa.